Bombeiros de Azambuja lançam carta aberta por melhores condições
Mais incentivos para o voluntariado, mais meios, uma carreira e quartéis dignos são os pedidos dos Bombeiros de Azambuja vertidos numa carta aberta em época natalícia.
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Azambuja partilhou uma carta aberta onde exige melhores condições de trabalho, uma carreira estável com formação contínua e especializada e a valorização do voluntariado. “Queremos não só para nós, Bombeiros de Azambuja, mas para todos os nossos colegas que por este país fora representam o maior, mais próximo e mais presente agente de protecção civil, ainda assente sobre uma estrutura de voluntariado inexplicável”, refere o comandante Ricardo Correia.
Na missiva, que surge nesta época natalícia com esperança redobrada de que os pedidos sejam atendidos, pede-se uma carreira que “permita fixar os bombeiros profissionais nos seus empregos e dar-lhes as condições para exercerem” as suas funções até à reforma como “profissão de desgaste rápido”. Pedem formação contínua e especializada que aborde novos riscos tecnológicos, mais e melhores meios que não ponham os seus operacionais em risco nem as vítimas que neles são transportadas e melhores equipamentos de protecção individual. Para os bombeiros voluntários, que desempenham um papel cada vez mais “fundamental”, exige-se que “sejam alvo de justas ajudas do Estado”, nomeadamente no que respeita ao Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS), Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), Imposto único de Circulação (IUC), transportes públicos, educação superior gratuita e acompanhamento médico especializado. A laborar num quartel com mais de 40 anos, que tem vindo a apresentar debilidades e a revelar-se curto para as necessidades actuais, os Bombeiros de Azambuja não esquecem, nesta carta, a necessidade de todas as corporações precisarem de quartéis onde se “sintam em condições dignas quando escolherem servir o cidadão”.