Maioria na assembleia municipal aprova orçamento de Tomar para 2024
Orçamento de 51,9 milhões de euros para 2024 foi aprovado pela Assembleia Municipal de Tomar após críticas da oposição. Documento foi aprovado com as abstenções do BE e da CDU e os votos contra do PSD, Chega e CDS.
A Assembleia Municipal de Tomar aprovou por maioria um orçamento de continuidade de 51,9 milhões de euros para 2024, em linha com o do ano passado que assenta em seis pontos estratégicos. O PS, que detém a maioria em assembleia municipal, com 14 assentos, recebeu o voto de confiança dos Independentes do Nordeste, que serviu para aprovar o documento, apesar das abstenções do BE e da CDU, e dos votos contra dos eleitos do PSD, Chega e da coligação CDS/MPT/PPM.
Hugo Cristóvão, presidente da autarquia, indicou à Lusa que “as Grandes Opções do Plano (GOP) mantêm-se divididas em seis eixos, nomeadamente a coesão e inclusão social, desenvolvimento urbano, desenvolvimento económico, transição climática e sustentabilidade de recursos, gestão e equilíbrio financeiro, e processos internos”. Afirmando que “as finanças municipais há décadas que não estavam tão robustas”, o autarca disse que isso “não quer dizer que se possa gastar sem critério” e perspectivou que 2024 será “ano de terminar ou lançar novos projectos” no concelho.
Na Educação, as prioridades de investimento passam pela reabilitação da EB23 Gualdim Pais e do Jardim de Infância Raul Lopes, onde se pretende ainda acrescentar a valência de creche. Segundo Hugo Cristóvão, a Saúde “é o próximo grande desafio com responsabilidades locais que, no próximo ano, se assumirão” e que “implicarão investimento e reorganização, desde logo de instalações”. Ao nível da Mobilidade, o autarca considerou essencial “terminar o projecto de reinfraestruturação e urbanização da estrada nacional 110 em toda a zona de Carvalhos Figueiredo”, “avançar com o [projecto] de expansão da circular urbana” e a “continuidade da Avenida Maria de Lourdes Mello e Castro”. Na Requalificação Urbana o socialista disse que está próxima a conclusão do “tão desejado novo Flecheiro”, tendo feito notar que “a sua execução terá ainda grande peso no orçamento” do próximo ano.
Hugo Cristóvão apontou 2024 como “o ano em que a Habitação vai, depois de muito trabalho de preparação, iniciar concretização”. “Este é o grande tema, a grande necessidade do nosso território, criar habitação a custos controlados para a classe média, para os jovens, para os trabalhadores de empresas que tanto o reclamam”, indicou. O presidente da Câmara de Tomar disse ainda que vão ser transferidos cerca de 1,5 milhões para as freguesias e que o Programa de Apoio ao Associativismo vai ter um investimento superior a um milhão de euros.