Autarca de Azambuja desiludido com verbas do PRR para requalificar escolas
Silvino Lúcio diz que há “um risco muito grande” devido à verba alocada a este aviso do Programa Escolas. Secundária de Azambuja, que espera há anos por obras, pode ficar de fora, mas a “intenção é avançar”.
O presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio, saiu com preocupação da cerimónia de lançamento do programa para a construção, recuperação e reabilitação das 451 escolas, que decorreu a 3 de Janeiro, na Amadora, por considerar que a verba atribuída não é suficiente para responder às necessidades. “Há um risco muito grande, a verba não basta. O que vai acontecer é que vão ser contempladas apenas duas ou três escolas”, disse a O MIRANTE.
O autarca socialista afirmou que “a intenção é de avançar” com a obra na Escola Secundária de Azambuja, classificada como P2 (o segundo grau do nível de prioridades) porque “as promessas são para ser cumpridas”, mas teme que a verba do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) atribuída neste aviso (450 milhões de euros), que tem como objectivo a construção ou renovação de 75 escolas, a possa deixar de fora nesta fase. No mesmo concelho e para surpresa do autarca, a Escola Básica de Azambuja foi classificada pelo Ministério da Educação com o mesmo nível de prioridade da Secundária.
Silvino Lúcio confessou estar surpreendido por a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) Alentejo ter sido contemplada com uma verba global de 20 milhões de euros, que é, na sua opinião, muito curta para os mais de 50 municípios com escolas para requalificar. Em Janeiro do ano passado, recorde-se, a Câmara de Azambuja anunciava ter conseguindo um financiamento de cerca de 3,5 milhões de euros da CCDR Alentejo para a obra cuja estimativa de custo ronda os 4,7 milhões de euros acrescidos de IVA.
A Escola Secundária de Azambuja foi construída em 1978 sem nunca ter sofrido qualquer tipo de intervenção. A sua requalificação chegou a ter concurso público lançado, que acabou por ser anulado, e mais recentemente o projecto foi para reformulação uma vez que aquela escola vai acolher um Centro Tecnológico Especializado (CTE), aprovado no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. O novo projecto, que segundo Silvino Lúcio, ainda está a ser desenvolvido vai contemplar a construção de um pavilhão para as aulas de educação física e de um bloco extra com o objectivo de aumentar a capacidade e possibilitar que os sétimos anos passem a ter aulas naquele estabelecimento de ensino.