Cláudia, de 24 anos, morre em incêndio no sótão da casa em Almeirim
A jovem, que fazia do sótão, por cima do segundo andar do apartamento da família, o seu espaço, sucumbiu a um incêndio que deflagrou no local na noite das eleições.
Cláudia Coutinho estaria a dormir no sótão transformado no seu espaço da casa onde vivia com a mãe e o padrasto, em Almeirim, quando deflagrou o fogo no qual viria a falecer apesar da intervenção dos bombeiros. Os relatos de quem assistiu à situação diz que as chamas se propagaram com uma grande rapidez. Ainda não se sabe exactamente o que levou ao deflagrar das chamas no domingo à noite, 10 de Março, no sótão do prédio de segundo andar no número 47 da Rua Mouzinho de Albuquerque, mas suspeita-se que a origem esteve num aquecedor.
A vítima, de 24 anos de idade, vivia no espaço do sótão que tinha ligação à casa da família no segundo andar do prédio de três apartamentos. O espaço tinha sido adaptado para quarto, mas alegadamente tinha algumas matérias combustíveis. A intervenção dos bombeiros de Almeirim no combate às chamas, que se confinaram ao sótão, acabou por provocar alguns estragos no segundo e no primeiro andar devido à água usada para apagar o incêndio.
O incêndio ocorreu perto da meia-noite e as causas estão a ser investigadas pela Polícia Judiciária que esteve logo a seguir no local a recolher elementos. Cláudia Coutinho tinha uma deficiência cognitiva mas era uma pessoa autónoma e estava a frequentar um curso de formação profissional, com a duração de um ano, na Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência Mental (APPACDM) do Vale de Santarém. Segundo Luís Amaral, presidente da instituição, que faz estes cursos em articulação com o Instituto do Emprego e Formação Profissional, a jovem estava há alguns meses a frequentar formação na área da cozinha. O dirigente disse ainda a O MIRANTE que a psicóloga da APPACDM já falou com a família.