Vila Franca de Xira critica forma como a saúde está a ser gerida no concelho
Os problemas da saúde no concelho de Vila Franca de Xira estão longe de estarem resolvidos e a Unidade Local de Saúde Estuário do Tejo (ULS) tem de ter atenção ao que se passa, voltou a criticar o presidente do município, Fernando Paulo Ferreira. O autarca manifestou em assembleia municipal “grande preocupação” com a forma como os serviços de saúde estão a funcionar e vão sendo geridos pela ULS, liderada por Carlos Andrade Costa, que era o administrador do hospital da cidade e esteve envolvido em algumas polémicas. Entre os problemas está o Centro de Saúde da Póvoa de Santa Iria que ficou sem elevador e uma trapalhada com a transferência de médicos na Unidade de Saúde Familiar de Vialonga que deixou 1.900 utentes sem assistência.
“Investir no Serviço Nacional de Saúde é determinante. Só se melhora o atendimento com mais médicos, investimentos e equipamentos. Há mês e meio que entrou em funcionamento a ULS e os problemas estão longe de estarem resolvidos”, criticou. No último mês entraram 40 novos médicos ao serviço no concelho, mas ainda estão a fazer o internato. Na última assembleia municipal foram também aprovadas uma moção e uma recomendação alusivas à qualidade da saúde no concelho. A recomendação, do Bloco de Esquerda, pede um reforço do papel da câmara no acompanhamento e vigilância ao trabalho feito pela gestão da ULS. “É um assunto extremamente sério. O envolvimento do município na gestão da ULS não deve passar em branco. Deve dar contas do acompanhamento que tem vindo a fazer desta nova modalidade de administração”, referiu Maria José Vitorino.
A coligação Nova Geração (PSD/PPM/MPT) fez aprovar uma moção pedindo mais e melhor saúde no Centro de Saúde da Póvoa de Santa Iria exigindo a realização de obras de reabilitação dos gabinetes médicos, elevador e renovar as condições para que os médicos se sintam bem ao serviço na cidade. A moção pede também que se faça um levantamento dos problemas existentes nos edifícios onde funcionam os centros de saúde da Póvoa e Forte da Casa para serem alvo de reparação imediata.