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CIM da Lezíria apoia implementação de caudais ecológicos no Tejo

Presidente da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo diz que é importante implementar caudais ecológicos no rio Tejo, mas discorda da posição de movimento ambientalista contra projectos de construção de barragens.

A Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) está solidária com as reivindicações do proTEJO sobre a implementação de caudais ecológicos, mas não acompanha o movimento na oposição às barragens espanholas de Alcântara e Valdecañas. Esta posição surge após o movimento ambientalista proTEJO ter apelado aos municípios da bacia do Tejo, às suas comunidades intermunicipais e à Área Metropolitana de Lisboa (AML), que tomassem uma posição de responsabilidade exigindo aos governos de Portugal e Espanha a implementação de um regime de caudais ecológicos. O movimento exigiu também a oposição do Governo aos dois projectos hidroeléctricos para as barragens espanholas de Alcântara e Valdecañas, uma vez que consideram que a concretização destes projectos pode “agravar a disponibilidade de caudais no rio Tejo”.
Segundo Pedro Ribeiro, presidente da CIMLT, a comunidade está solidária quanto à implementação de caudais ecológicos, mas discorda do movimento no que diz respeito às barragens, considerando que as mesmas são “fundamentais” devido às alterações climáticas. “Achamos que as barragens são fundamentais e temos aqui uma divergência. Temos consciência que esta não é uma questão fácil de se resolver, mas entendemos que as alterações climáticas obrigam-nos claramente a ter capacidade de reter água quando ela escasseia e quando é muita. Basta olhar para aquilo que está a acontecer no Brasil com as cheias. Estamos solidários com a implementação de caudais ecológicos, mas entendemos que as barragens são igualmente importantes” defendeu.
Numa carta enviada à ministra do Ambiente e da Energia, Maria Graça de Carvalho, o movimento proTEJO pediu à governante que se oponha aos dois projectos espanhóis, com fundamento na “protecção das águas superficiais e subterrâneas e dos ecossistemas aquáticos e terrestres (…) e para o aproveitamento sustentável dos recursos hídricos das bacias hidrográficas”. O movimento apresentou também uma queixa à Comissão Europeia (CE) pela não implementação de caudais ecológicos no rio Tejo por Espanha e Portugal, com o apoio de 27 organizações.

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