Noites no Largo do Pelourinho em Alverca superaram os três mil espectadores
Festival de música promovido entre Junho e Agosto pela Companhia Cegada termina esta semana com um balanço positivo feito pela organização.
O Festival Noites no Largo do Pelourinho em Alverca, organizado pela Companhia de Teatro Cegada, termina na noite de 2 de Agosto mas a organização já faz um balanço positivo da iniciativa apontando para uma assistência superior às três mil pessoas. Foram, ao todo, oito concertos multiculturais, realizados sempre às sextas-feiras entre Junho e o início de Agosto junto ao Pelourinho de Alverca, situado na praça do Núcleo Museológico.
Há onze anos que a companhia Cegada trabalha para que este festival seja um marco, em toda a zona norte da Área Metropolitana de Lisboa, de oferta cultural única pelo contacto com vertentes musicais e culturais menos acessíveis ao público desse território. Organizado pela companhia Cegada e pela equipa do Núcleo Museológico de Alverca da Câmara Municipal, o evento assenta no compromisso de serviço público do museu municipal pelo acesso livre a estilos musicais ecléticos a todos os cidadãos. O conjunto diversificado de performances propõe a utilização do espaço público em convívio intergeracional, onde avós, filhos e netos podem desfrutar das noites de Verão ao som de músicas do mundo.
“No ano passado chegámos a pensar que poderia ser o fim, ou pelo menos uma interrupção forçada pelo corte para zero, abrupto e totalmente inesperado, dos apoios estatais que permitiam a sua realização, mas hoje é um orgulho imenso para toda a comunidade que tenha sido possível manter o festival e sustentado numa relação entre artistas e público”, refere Rui Dionísio, director da companhia Cegada a O MIRANTE.
O responsável diz que o festival de música manteve a tradição de inclusão e diversidade estética da programação habitual, que variou entre o jazz de fusão ao fado, passando por bossa nova, fusão lusófona e música de Cabo Verde. “O sucesso da iniciativa é reflexo de um empenho conjunto de todos, das milhares de pessoas que anualmente participam nesta programação e dos músicos de diversas origens e estilos que juntos criaram uma energia colectiva que permitiu que o festival continuasse a ser um espaço de encontro e valorização da história do património cultural da comunidade”, acrescenta Rui Dionísio, revelando que a edição do próximo ano já está a ser preparada.