Aimone dos Santos morta a tiro no Pego por motivos passionais
Crime ocorreu na manhã de domingo no Pego, concelho de Abrantes. Sexagenário abateu a tiro a mulher de 34 anos com quem tinha tido uma relação e entregou-se horas depois à GNR de Alcanena, encontrando-se em prisão preventiva.
Aimone dos Santos, de 34 anos, baleada na manhã de domingo, 28 de Julho, no Pego, concelho de Abrantes, acabou por não resistir aos ferimentos e morreu na tarde do mesmo dia, depois de ter dado entrada no Hospital de Abrantes em estado crítico. Um crime passional cometido por um homem de 63 anos que não aceitou o fim da relação que tivera com a vítima, natural da Guiné-Bissau e mãe de dois filhos menores.
Fonte dos Bombeiros de Abrantes disse que, à chegada ao local do crime, por volta das 08h00, a mulher apresentava “ferimentos de bala na zona do peito e estilhaços na cabeça”, estava “em estado crítico”, tendo sido “transportada ainda com vida” para as urgências do Hospital de Abrantes.
Segundo a Polícia Judiciária (PJ) de Leiria, “ao sair de casa, a vítima foi surpreendida pelo suspeito com diversos disparos de caçadeira, que lhe provocaram ferimentos de grande gravidade e que vieram a revelar-se fatais”. O casal encontrava-se separado por iniciativa da mulher, desde há cerca de 15 dias, na sequência de diversos episódios recentes de conflito e violência entre ambos, informou ainda a PJ.
Na tarde de domingo, com a comunidade local a acompanhar a situação e a partilhar informação e imagens nas redes sociais, foi anunciada a morte da mulher que trabalhava no lar do Centro Social do Pego. “A situação, com mais do que um disparo, envolveu um casal em contexto de violência doméstica, com uma mulher de cerca de 30 anos a ser baleada por um homem de 63, tendo sido transportada ao Hospital de Abrantes em estado crítico”, disse fonte oficial da GNR.
O suspeito, que fugiu do local após os disparos, acabaria por entregar-se ainda nessa manhã no posto da GNR de Alcanena, a cerca de 40 quilómetros de Abrantes, e ficou inicialmente detido à custódia da Polícia Judiciária, adiantou a mesma fonte. A vítima tinha mudado a residência para o Pego “há algum tempo, com os filhos menores”, e o suspeito, que se encontra em prisão preventiva, “não coabitava” actualmente com o núcleo familiar.
O alerta para a ocorrência foi dado às 07h41 e estiveram no local os bombeiros de Abrantes, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Médio Tejo e a Guarda Nacional Republicana (GNR) de Abrantes. O caso passou para a alçada da Polícia Judiciária, por se tratar de um crime com arma de fogo.