Paulo Tavares faleceu quatro meses após o incêndio na churrasqueira do Cartaxo
O dono da Churrasqueira Ribatejana, no Cartaxo, faleceu no dia 23 de Agosto, quatro meses depois de ter ficado ferido gravemente num incêndio na cozinha do estabelecimento, em Abril. O empresário era um dos sobreviventes da explosão na Secundária do Cartaxo, em 1985, que lhe deixou marcas para toda a vida.
O presidente da câmara, João Heitor, endereçou em nome pessoal e do município as condolências a toda a família e amigos de Paulo Tavares, recordando o seu “trato fácil, simpatia, cordialidade e elegância na forma como se relacionava com os outros”. “Enquanto empresário representou e liderou uma casa que foi referência na nossa terra durante décadas. Enquanto cidadão deu várias vezes a cara por causas em que acreditava. Enquanto homem foi sempre uma referência pela sua resiliência e pela forma como ultrapassou várias e enormes adversidades, sendo por isso uma referência da nossa comunidade”, salientou.
Paulo Tavares após o incêndio na churrasqueira foi transportado para o Hospital de Santarém com queimaduras no rosto e nas mãos, partes do corpo que já tinham sido atingidas no acidente na escola. Depois foi transferido para Lisboa. O incêndio ficou circunscrito à cozinha, que ficou totalmente destruída. Não se sabe o que terá estado na origem do incêndio num momento em que não havia mais ninguém no estabelecimento, que na altura da pandemia deixou de estar aberto ao público para refeições e passou só a servir comida para fora. Segundo fonte próxima da vítima, o acidente ocorreu quando preparava o molho para os frangos.
O falecido estava há alguns anos a gerir a churrasqueira que antes era dos pais e que vivem por cima do estabelecimento na rua Serpa Pinto.