Prisão preventiva para suspeitos de assaltos a ourivesarias em Fátima
Os três suspeitos, com idades compreendidas entre os 19 e os 24 anos, vão aguardar julgamento em prisão preventiva por perigo de fuga. Dois têm antecedentes criminais pelo mesmo tipo de crime.
Os três suspeitos de assaltarem duas ourivesarias em Fátima, detidos na quarta-feira, 18 de Setembro, na Ponte 25 de Abril, em Lisboa, após perseguição policial na sequência de um dos roubos, vão aguardar o desenvolvimento do inquérito em prisão preventiva.
Segundo o Conselho Superior da Magistratura (CSM), o grupo foi presente a primeiro interrogatório judicial no Juízo de Instrução Criminal de Santarém, após a sua detenção “em quase flagrante delito”, tendo sido “considerada fortemente indiciada a prática, por todos os arguidos,” de dois crimes de roubo agravado e um crime de detenção de arma proibida.
Um dos arguidos foi ainda indiciado da prática de dois crimes de condução sem habilitação legal, adiantou o CSM, acrescentando que se entendeu existir “perigos de fuga, perturbação do inquérito ou da instrução da causa, continuação da actividade criminosa e perturbação grave da ordem e tranquilidade públicas” relativamente aos três suspeitos. Nesse sentido, salientou o CSM, foi determinada a medida de coacção de prisão preventiva.
A Polícia Judiciária (PJ), recorde-se, deteve os três suspeitos de assaltos a ourivesarias em Fátima numa operação de perseguição e detenção que obrigou ao encerramento do trânsito na Ponte 25 de Abril.
Os três homens, residentes na Margem Sul, foram interceptados à entrada do tabuleiro da ponte tendo abandonado a viatura durante a perseguição e iniciarem uma fuga apeada, tendo sido depois detidos. No mesmo dia, o director do Departamento de Investigação Criminal de Leiria da PJ, Avelino Lima, admitiu que o grupo, composto por um jovem de 19 anos e os outros dois de 24, possa ter cometido outros assaltos. Os suspeitos de 24 anos, referiu ainda à Lusa, “têm antecedentes criminais por este tipo de crime, assaltos à mão armada e, inclusive, a ourivesarias”.
Milhares de euros em artigos furtados
Os assaltos às duas ourivesarias envolveram um prejuízo de milhares de euros em artigos furtados, segundo este responsável da PJ, que explicou que no caso do primeiro assalto o processo identificativo das peças já consta nos autos, “com o respectivo valor comercial”. Já no segundo, acrescentou, “foi tudo recuperado”, pelo que a empresa recuperará os artigos. Nos dois crimes, além de uma arma de fogo, recuperada no dia detenção e que se encontrava municiada, foi utilizado um martelo para partir montras, sendo que tudo indica que dois dos elementos concretizaram o assalto no interior dos estabelecimentos enquanto um terceiro aguardava no exterior, numa viatura.