Oposição critica presidente de Tomar e vereadora por terem aberto o mercado em dia de greve
O tema foi abordado na Assembleia Municipal de Tomar. Chega e CDU acusaram Hugo Cristóvão e Rita Freitas de não respeitarem o direito à greve e de violarem a Constituição ao abrirem o Mercado Municipal em dia de greve da administração pública.
O Chega e a CDU mostraram-se contra a atitude do presidente da Câmara de Tomar, Hugo Cristóvão (PS), e da vereadora Rita Freitas (PS), que decidiram abrir as portas do Mercado Municipal de Tomar em dia de greve da administração pública, no dia 20 de Setembro. Na última sessão da Assembleia Municipal de Tomar, os deputados Américo Costa, do Chega, e Bruno Graça, da CDU, acusaram os autarcas socialistas de não respeitarem o direito à greve e de violarem a Constituição.
Américo Costa defendeu que, com a divulgação da greve, a câmara devia ter ponderado a remarcação do mercado municipal para o dia anterior ou para o dia seguinte. O deputado, eleito pelo Chega, afirmou que a atitude assumida é considerada “contraordenação muito grave”, acrescentando que o presidente e a vereadora não só desrespeitaram o direito constitucional como também violaram o princípio da boa fé nas relações laborais.
Já Bruno Graça referiu que foi com “profunda indignação” que tomou conhecimento da situação, apelidando a atitude de “politicamente inaceitável”. O eleito da CDU acusa Hugo Cristóvão e Rita Freitas de não respeitarem os trabalhadores que decidiram fazer greve no dia referido, considerando que a abertura de portas “envergonha o poder local”.
Na resposta, Hugo Cristóvão explicou que a decisão de abrir as portas do mercado não foi tomada de ânimo leve, garantindo que “nenhum direito foi atropelado”. O autarca recuou ao passado para recordar que ele próprio, na altura enquanto vereador, chegou a abrir as portas da Biblioteca Municipal num feriado para a realização de uma acção do PCP, de modo a que nenhum funcionário tivesse que ir trabalhar nesse dia.