Alenquer negoceia acordo para intervir em estradas nacionais
Município de Alenquer continua a enfrentar entraves para intervir em vias da responsabilidade da Infraestruturas de Portugal. Uma possível solução pode estar num acordo de co-gestão que permita ao município realizar intervenções, ainda que a expensas próprias.
A Câmara de Alenquer continua com dificuldade em poder intervir nos espaços e vias que são da responsabilidade da empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP). Em reunião do executivo municipal, o vereador da CDU, Ernesto Ferreira, questionou se a IP tem dois pesos e duas medidas uma vez que autorizou a Junta de Freguesia de Castanheira do Ribatejo a pintar uma passadeira na estrada nacional.
O vereador Tiago Pedro (PS) explicou que a IP tem de autorizar todas as intervenções e que já reportou em reunião com o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, as dificuldades que tem tido. “As vias interferem com a segurança pedonal e mobilidade e vamos apresentar um estudo de tráfego que prova isso mesmo. Estamos a fazer um acordo de co-gestão com o ministro para fazermos a manutenção de alguns espaços urbanos mas temos de ser nós a pagar. Penso que a situação deverá estar ultrapassada em breve o que permitirá resolver os problemas reclamados pela população há várias décadas”, informou. Garante ainda que a câmara tem reclamado junto da IP e que chega a oficiar esta entidade mais do que uma vez por semana.
Câmara negoceia passe até ao Carregado
Ernesto Ferreira já tinha questionado o motivo da supressão de algumas carreiras efectuadas pela transportadora Boa Viagem e do perigo da circulação pedonal no Carregado das pessoas que vão apanhar o autocarro, incluindo alunos. Segundo Tiago Pedro, já foi sinalizada a necessidade de colocar pilaretes e reflectores na paragem de autocarro de Sete Pedras, em Alenquer. O município já reuniu com a Boa Viagem e solicitou os dados que justificam a supressão de carreiras. Segundo a empresa deve-se à falta de procura.
O presidente da autarquia, Pedro Folgado (PS), avançou que está a negociar com a operadora de transporte e com o regulador, a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, sobre a possibilidade do passe a 40 euros chegar até ao Carregado. “O regulador não viu com bons olhos esta questão, por ser uma excepção no território, mas estamos a esgrimir argumentos e vamos ver se temos novidades este mês ou em Dezembro”, reiterou.