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Trabalhadores das Misericórdias juntaram-se em Fátima para reivindicar melhores condições de trabalho

Greve em Fátima dos trabalhadores das santas casas de misericórdia alerta para a necessidade de melhores condições de trabalho, nomeadamente no que diz respeito aos salários.

Um grupo de trabalhadores de santas casas de misericórdia de vários pontos do país estiveram em greve e concentrados em Fátima para preparar uma resolução com as reivindicações para tentarem entregar aos responsáveis das instituições. Os trabalhadores juntaram-se em frente ao Centro João Paulo II, onde decorreu a assembleia geral da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), e o grupo entregou aos provedores o documento, para reforçarem o pedido de melhores condições de trabalho, em que voltarão a insistir na reunião marcada para 11 de Dezembro.
A representante do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal – CESP, Catarina Fachadas, acentuou que “há provedores que continuam a não querer cumprir a lei e a pagar aquilo que é devido aos trabalhadores, que é a diuturnidade com o tempo integral de serviço, e essa contagem tem de ser feita e o valor tem de ser pago”. “Algumas já estão a pagar, outras começaram a pagar por via de terem sido sentenciadas, mas há muitas que continuam a não querer pagar, a fazer ouvidos moucos e a ignorar os trabalhadores e a lei”, censurou, em declarações à Lusa, Catarina Fachadas. Além do aumento pedido para 2024 de 150 euros a partir do salário mínimo para todos, é reivindicada a celebração de um Contrato Colectivo de Trabalho entre o CESP e a UMP, com todos os direitos já conquistados, “tanto no Acordo de Empresa da UMP, como na Portaria de Extensão do CCT das IPSS [Instituições Particulares de Solidariedade Social].

Misericórdias não podem pagar mais
O presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), Manuel Lemos, disse que as instituições não podem pagar mais aos trabalhadores, sob o risco de porem em causa a continuidade dos postos de trabalho. “Se as misericórdias pagassem o que não podiam, rapidamente entravam em incumprimento, e isso nós não faremos”, argumentou Manuel Lemos, após a assembleia geral da UMP. Manuel Lemos vincou que as instituições vivem “muito de comparticipações públicas” e fazem o equilíbrio entre o que recebem e o que podem pagar. “É pouco, gostávamos de pagar mais, estamos todos a trabalhar para acertar os preços, a ver se conseguimos equilibrar. Quando conseguirmos, cá estaremos para negociar primeiro com as plataformas sindicais que têm que compreendido isto, e depois com os outros”, realçou o presidente da UMP.

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