PSD acusa Junta de Azambuja de gastar demasiado com festas
A bancada do PSD na Assembleia de Freguesia de Azambuja acusou, através do eleito Miguel Monteiro, a gestão socialista na Junta de Azambuja de gastar demasiado dinheiro com festas, comparando esses gastos aos da manutenção com espaços verdes. Numa declaração de voto, durante a proposta de substituição de tesoureiro que renunciou ao cargo, o PSD diz que se descobriu que “no final do primeiro semestre do ano passado a junta de freguesia investiu 9.200 em manutenção de espaços verdes e gastou 58 mil euros em festas”, motivo que levou o grupo eleito a requerer a entrega de cópias de todas as facturas pagas ou a pagamento relativas a 2024.
O presidente da Junta de Azambuja, André Salema (PS), lamentou que os sociais-democratas tenham feito mal as contas, afirmando que para a “manutenção de jardins”, no referido período, foram investidos mais de 11 mil euros, a que se soma a reabilitação do jardim junto ao posto da GNR (mais de três mil euros) e as podas (2.910 euros). Além dos funcionários afectos ao serviço que somam mais 14 mil euros. “À volta disto são 46 mil euros. Têm de ter noção e fazer as questões como deve ser”, disse, lamentando que esta já não tenha sido a primeira vez que o PSD faz mal as contas e sublinhando que gerar falsa informação “é prestar um mau serviço à política”.
O autarca socialista perguntou ainda aos eleitos do PSD na assembleia de freguesia com que festas querem acabar. “Dia da juventude, querem acabar? Dia da criança, Azambuja Cultfest, querem acabar? (…) É isto que vos incomoda? Chegar aqui e dizer que se gasta 50 mil euros em festas e não ter uma atitude proactiva é muito fácil”, afirmou.
Num esclarecimento enviado ao nosso jornal, o PSD refere, entre outras considerações, que “face à documentação na posse do grupo do PSD e aquela que consta no portal da contratação pública, não existe qualquer engano ou lapso nas contas por parte dos eleitos do PSD na Assembleia de Freguesia de Azambuja”. Salienta ainda que, após a demissão do tesoureiro, pediram a cópia das facturas no período compreendido entre 1 de Junho de 2024 e 31 de Dezembro de 2024, “documentação que ainda não foi entregue”.