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Transportes gratuitos e mais estacionamento para quem apanha o comboio em Santarém

A Câmara de Santarém promete medidas para facilitar a vida a quem utiliza o comboio a partir da cidade. Vão ser criadas ligações gratuitas de autocarro entre o planalto citadino e a estação, na Ribeira de Santarém, onde vai nascer mais um parque de estacionamento, igualmente grátis.

A Câmara de Santarém vai criar um novo parque de estacionamento gratuito nas imediações da estação ferroviária que serve a cidade, na Ribeira de Santarém, numa zona adjacente a outro parque construído pela autarquia há alguns anos. A intervenção, que será executada em articulação com a União de Freguesias da Cidade de Santarém, deve avançar no segundo trimestre deste ano, revelou o presidente do município, João Leite (PSD), na reunião do executivo camarário de 10 de Fevereiro.
Na mesma sessão, o autarca anunciou ainda a criação de um novo transporte de autocarro, gratuito, que ligará, a partir de 10 de Março, o Campo Infante da Câmara, no planalto citadino, e a estação de comboios, com três viagens entre a cidade e a estação durante a manhã e outras três no sentido inverso da parte da tarde. A medida visa desincentivar o uso de automóvel para aceder à estação de comboios por parte dos utilizadores da ferrovia, que têm aumentado gradualmente nos últimos tempos, podendo deixar o carro estacionado no Campo Infante da Câmara.
Ainda no capítulo das novidades, João Leite informou que vai ser criado um parque de estacionamento gratuito com cerca de 200 lugares na zona envolvente à Igreja de Santa Clara, pensado já também para dar apoio à ligação que se pretende estabelecer entre a zona do miradouro de São Bento e a estação de comboios, em princípio através de um funicular. “Não se trata só de um estudo, há projectos de execução já feitos”, vincou o autarca.

“O problema da mobilidade no centro histórico é gritante”
Este conjunto de intervenções surge enquadrado no Plano de Mobilidade Urbana de Santarém, apresentado em Janeiro, que visa tornar a cidade mais amiga dos peões e da chamada mobilidade suave, com reforço de zonas pedonais e de ciclovias, criação de mais espaços verdes e de novas bolsas de estacionamento e fomento do transporte público. A propósito desse plano e das medidas anunciadas, a vereadora do Chega, Manuela Estêvão, teve um discurso crítico em relação ao documento, referindo que retirar carros e estacionamento do centro histórico vai contribuir para “o fim” dessa zona da cidade. A autarca concorda que o estacionamento no centro histórico tem que ter regras, mas diz que tirar carros e estacionamento dessa zona da cidade é entregá-la aos moradores e aos pombos. “É deprimente e degradante o estado do centro histórico”, reforçou a autarca do Chega e empresária estabelecida nessa zona da cidade, vincando que sem carros não há pessoas e sem pessoas não há vida.
No período destinado à intervenção do público, o presidente da Associação de Moradores do Centro Histórico congratulou-se com o novo Plano de Mobilidade Urbana de Santarém e reconheceu que “o problema da mobilidade no centro histórico é gritante”, dando como exemplo o estacionamento abusivo e caótico nalgumas zonas e apelando à autarquia para enfrentar essa realidade.
Na resposta, tanto o vereador Alfredo Amante (PSD) como o vereador do Trânsito, Manuel Afonso (PS), referiram que a fiscalização do estacionamento abusivo é competência das autoridades, no caso da cidade, da PSP, força de segurança que se tem queixado de ter poucos agentes.

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