Isidoro Nunes Simões começou cedo a trabalhar, aos 12 anos, na herdade onde nasceu, em Rio Frio. Trabalhou depois com o seu pai, maioral das vacas, numa outra herdade, contribuindo para o sustento da família. Foi maioral real durante 16 anos, em Pancas, tendo passado ainda pela Companhia das Lezírias. É há muitos anos presença assídua na Feira de Maio em Azambuja, onde, na manhã de domingo, 25 de Maio, lhe foi prestada homenagem.
Na cerimónia, Isidoro Simões foi cumprimentado pelos seus colegas de profissão e pela sua família que assistiu emocionada ao relato da história de vida do campino de Rio Frio. O presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio, destacou que “os homens que vestem com orgulho o colete encarnado preservam a tradição da criação do toiro bravo tão enraizada no Ribatejo. É para enaltecer a dedicação destes homens à lezíria e ao toiro que a nossa praça e ruas se apresentam engalanadas nesta manhã tão singular”, sublinhou.
No segundo momento da cerimónia foi entregue o Pampilho de Honra gravado com o nome de Orlando Vicente. O acto da passagem de testemunho foi seguido de um desfile de campinos e cavaleiros pelas ruas da vila ao som da banda do Centro Cultural Azambujense.