uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Padre da Póvoa de Santa Iria morre na Suíça durante actividade escutista
O padre Adelino Ferreira tinha sido entrevistado por O MIRANTE em Fevereiro deste ano - foto arquivo O MIRANTE

Padre da Póvoa de Santa Iria morre na Suíça durante actividade escutista

Pároco Adelino Ferreira morreu subitamente aos 43 anos vítima de paragem cardíaca. Morte deixa consternada a comunidade católica da Póvoa de Santa Iria.

O padre Adelino Ferreira, que estava há seis anos na Paróquia da Póvoa de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira, morreu no dia 8 de Julho, aos 43 anos, na sequência de uma paragem cardiorrespiratória. O pároco encontrava-se em Kandersteg, na Suíça, onde participava numa actividade escutista. A paróquia da Póvoa de Santa Iria anunciou a morte do padre e levou a efeito uma missa de sufrágio na Igreja de Nossa Senhora da Paz, numa altura em que ainda se tratava da trasladação do corpo de Adelino Ferreira para Portugal.
A morte do pároco causou consternação na comunidade católica da Póvoa de Santa Iria e do Forte da Casa, onde era membro da comunidade dehoniana da Casa de Santa Maria, desempenhando funções de superior e ecónomo. O executivo da Câmara de Vila Franca de Xira cumpriu um minuto de silêncio por Adelino Ferreira na última sessão camarária e o Corpo Nacional de Escutas (CNE) decretou sete dias de luto pela morte do dirigente reverendo.
Natural de Paços de Ferreira, antes da ordenação, passou três anos a colaborar nas paróquias da Póvoa de Santa Iria e do Forte da Casa. Foi ordenado padre em Aveiro e, no primeiro ano de sacerdócio, trabalhou num seminário em Rio Tinto, onde visitava escolas para leccionar Religião e Moral.
Numa entrevista a O MIRANTE, realizada no início deste ano, contou que na sua primeira missa fora do seminário estava nervoso. A igreja da sua terra estava cheia, com pessoas que o conheciam desde criança. Levou a homilia toda escrita e não se lembra de ter tirado os olhos do papel e nem de ter olhado para as pessoas. Assim foi durante um ano, em que se socorria da escrita.
Nessa conversa foi abordado o tema do celibato na Igreja, com Adelino Ferreira a dizer que nem era a favor nem contra o casamento de padres. Mas não acreditava que a mudança fosse resolver a problemática dos casos de abusos sexuais. O padre lamentou os casos que aconteceram, vincando a necessidade de apoiar as vítimas. “O meu trabalho é ser padre e é para isso que sou remunerado mas não encaro como um trabalho, mas sim como uma vocação”, disse.

Padre da Póvoa de Santa Iria morre na Suíça durante actividade escutista

Mais Notícias

    A carregar...