Problemas no Mercado de Mouriscas voltam a ser tema de discussão
Na última reunião de câmara de Abrantes, o vereador Vasco Damas voltou a levar para debate o tema do Mercado Semanal de Mouriscas, destacando que há muitos comerciantes confusos com a futura solução para o espaço. O autarca afirmou que a transferência do mercado para o terreno do espaço multiusos, adquirido pela autarquia em 2023, está longe de ser consensual. “Há receios de que a mudança possa significar a perda da identidade do mercado e mesmo representar o princípio do seu fim”, declarou o vereador. Sublinhou ainda que, segundo informações recolhidas no local, já teria sido aprovado um regulamento para o funcionamento daquele espaço, mas cuja implementação continua por concretizar. O vereador, eleito pelo movimento ALTERNATIVA.com, apontou casos recorrentes de veículos estacionados em cima de passeios, bloqueio de acessos a garagens e habitações, e as preocupações associadas a situações de emergência, em que a circulação de veículos prioritários pode estar comprometida.
Recorde-se que há vários anos se fala na necessidade de deslocalização do mercado por questões de regulação e ocupação do espaço público e, por isso, o município adquiriu um terreno há uns anos para o efeito. Previamente, Manuel Valamatos, presidente da autarquia, alertou para a problemática do mercado de Mouriscas ter crescido descontroladamente ao longo dos anos e que, actualmente, não cumpre as normas de segurança exigidas por lei, o que pode trazer consequências graves em caso de acidente.
Na última sessão, o presidente recordou que ao longo dos anos, mesmo quando era vereador, alertou os executivos das juntas de freguesia para o crescimento e desregulação do mercado, salientando que a gestão e aquisição dos terrenos são competências da junta. Contudo, devido às limitações financeiras da junta, foi necessária a intervenção do município. O presidente esclareceu que, mesmo ciente da resistência de alguns operadores à mudança, a câmara teve de agir, assumindo a responsabilidade de tomar decisões e promover soluções. “Compramos e aprovamos o terreno para ajudar a regularizar a situação”, afirmou, destacando a necessidade de organização para garantir o futuro do mercado e a segurança da comunidade.