Vereadora do Chega acusa alguns vendedores do mercado de Azambuja de criarem distúrbios
Inês Louro alega que no decorrer de uma acção de campanha eleitoral no mercado de Azambuja, elementos do Chega foram ameaçados e ofendidos por vendedores de “etnia cigana”. Em reunião pública do executivo pediu ao presidente do município que fizesse cumprir o regulamento revogando a utilização das bancas a quem não respeita quem frequenta o espaço.
A vereadora eleita pelo partido Chega na Câmara de Azambuja, Inês Louro, pediu ao presidente daquele município, na última reunião pública do executivo, que fizesse cumprir o regulamento relativo ao funcionamento do mercado mensal de Azambuja, revogando a permissão de utilização de banca a vendedores que, segundo disse, “criaram distúrbio”. Em causa estão, de acordo com o que escreveu na sua página numa rede social, vendedores de “etnia cigana”, aos quais se refere como aqueles que “já nos habituaram ao não respeito pela democracia”, que ameaçaram “com uma cadeira”, ofereceram “porrada” e “ofenderam com palavras menos dignas” os elementos do partido que representa - e a própria - numa acção de campanha para as eleições autárquicas.
Inês Louro vincou que o artigo 21º do regulamento diz que “um dos deveres gerais dos feirantes é usar de urbanidade no trato com os clientes e frequentadores do recinto”, acrescentando que o distúrbio não teve início com os elementos em campanha mas com “uma utente do mercado”. De acordo com a vereadora, foi apresentada queixa na Guarda Nacional Republicana (GNR) que já deu entrada no Ministério Público. Através dela, disse, o presidente do município pode verificar os nomes dos envolvidos.
Em resposta, o presidente do município, Silvino Lúcio (PS), disse apenas que iria pedir o auto de notícia. Quem se pronunciou mais sobre o assunto foi o vereador António José Matos (PS), que afirmou que o que lhe foi transmitido sobre o assunto foi que Inês Louro “tentou arranjar um acontecimento político para se vitimizar como é tanto o seu estilo”. Quanto ao proibir os envolvidos de ter banca no mercado mensal, o vereador do PS disse que não é “uma participação na GNR” que dita quem são os culpados e os inocentes. “O tribunal é que dirá quem teve razão”, concluiu.