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ARCAS enfrenta impasse directivo
Direcção da ARCAS, liderada por Ruben Vicente, cessou a sua missão no dia 15 de Outubro. Caso persista a inexistência de novos órgãos sociais será constituída uma comissão administrativa durante seis meses - foto O MIRANTE

ARCAS enfrenta impasse directivo

A Associação Recreativa e Cultural Amigos de Samora encerrou o mandato com contas aprovadas e um saldo positivo, mas sem sucessores à vista. A assembleia geral realizada a 15 de Outubro ficou marcada pela ausência de listas candidatas aos órgãos sociais e por um momento de tensão entre associados.

A Associação Recreativa e Cultural Amigos de Samora (ARCAS) reuniu em assembleia geral ordinária, na noite de 15 de Outubro, na sua sede, em Samora Correia, para apreciar o relatório e contas dos últimos dois anos, bem como o plano de actividades e orçamento para 2025/2026. Os documentos apresentados pela direcção cessante foram aprovados pelos associados.
O ponto mais aguardado da ordem de trabalhos era a eleição dos órgãos sociais para o biénio 2025-2027. No entanto, nenhuma lista se apresentou a sufrágio, deixando em aberto a sucessão da actual direcção, que termina agora o mandato. A assembleia ficou marcada pela incerteza quanto ao futuro da colectividade, que voltou a reunir a 22 de Outubro, já depois do fecho desta edição, com a missão de encontrar uma equipa disposta a assumir os destinos da associação. Entre as hipóteses estava a eleição dos novos órgãos sociais, seguida de tomada de posse, ou, em caso de persistência do impasse, a constituição de uma comissão administrativa com mandato de seis meses.
Durante a sessão, que contou com a presença de mais de duas dezenas de sócios, foram apresentados os resultados financeiros da colectividade. Em Janeiro de 2024, a ARCAS tinha na conta 675 euros, valor que subiu para 29.791€ no início de 2025. No final de Outubro, o saldo era de 22.703,04€.
Entre os eventos de maior expressão em 2024, o Carnaval rendeu um resultado líquido de 11.297€, o Festival do Arroz Carolino 3.762€ e as Tasquinhas 5.908€. As Festas em Honra de Nossa Senhora de Oliveira e Nossa Senhora de Guadalupe representaram o maior investimento, com custos de 127 mil euros e receitas de 80.031€. Já a Noite Branca registou um prejuízo de 5.442€.
No exercício de 2025, os eventos continuaram a gerar receitas significativas: Carnaval (8.474€), Arroz Carolino (2.545€), Samora a Cidade (1.505€), Festa de Campo (562€) e Tasquinhas (16.909€). As festas religiosas voltaram a ser o maior encargo, com despesas na ordem dos 111 mil euros e receitas de 85.344€. O projecto de arquitectura do pavilhão, entretanto concluído, representou um custo de 4.305€.
O período destinado à intervenção dos sócios acabou por gerar momentos de tensão. O sócio Nelson Lopes questionou a forma de apresentação das contas, apelando a mais transparência e rigor, e classificou a venda do pavilhão à Câmara Municipal de Benavente como “um péssimo acto de gestão”, ainda que compreensível para aliviar o peso financeiro da associação.
O presidente da direcção, Ruben Vicente, defendeu a decisão, lembrando que a substituição da cobertura de amianto e a requalificação do pavilhão teriam um custo superior a 100 mil euros, “um valor incomportável para a ARCAS”. A troca de argumentos rapidamente subiu de tom e degenerou em acusações pessoais e ameaças, levando a presidente da mesa da assembleia geral, Teodora Coutinho, a suspender a sessão por dez minutos para acalmar os ânimos.

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