Empresários da metalurgia e electromecânica debateram futuro do sector em Santarém
O fórum empresarial organizado pela ANEME assinalou os 65 anos da associação e reforçou a importância de aproximar empresas, entidades públicas e investimento privado.
O CNEMA, em Santarém, recebeu a 19 de Novembro um Fórum Empresarial sobre o sector da Metalurgia e Electromecânica, promovido pela ANEME - Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Electromecânicas. O evento reuniu dezenas de empresários de várias regiões do país e assinalou também os 65 anos da associação. Em declarações a O MIRANTE, o presidente da ANEME, Pedro Barradas, destacou a importância da realização destes fóruns para reforçar a ligação entre associação, empresários e entidades públicas. “Estes fóruns são sempre fundamentais para reaproximar os sócios e as entidades competentes. O foco é fazer a ponte entre as dificuldades que os empresários enfrentam e quem os pode ajudar”. Pedro Barradas acrescentou que o encontro pretende também atrair novos parceiros e associados, sobretudo empresas que procuram apoio para crescer e que necessitam de uma entidade que defenda os seus interesses. “Queremos ter na associação pessoas com massa crítica, com espírito crítico e que também nos desafiem. E este fórum é também para isso, para tentar captar novas pessoas e para que cada vez mais tenhamos maior corpo e assim reforçar o impacto que este sector tem no país. Já contamos com mais de 300 associados, mas queremos continuar a crescer”, sublinha.
O presidente da Câmara Municipal de Santarém, João Leite, deixou uma mensagem clara aos empresários, sublinhando que o concelho está preparado e empenhado em acolher novos projectos industriais. Na sua intervenção, afirmou que Santarém “está disponível para receber o vosso investimento”, destacando que a atracção de investimento privado é a “prioridade estratégica deste mandato”. João Leite sublinhou ainda a necessidade de maior articulação entre empresas e organismos públicos, salientando que é importante que a administração central e local “tenha consciência de que o tempo dos empresários nem sempre é compatível com o tempo dos serviços públicos”. “Temos de trabalhar juntos para permitir que o país dê o salto que precisa, com empresas inovadoras que criem valor e emprego”, frisou, destacando que o concelho tem actualmente mais de 600 milhões de euros de investimento privado em curso, desde a área da logística, hotelaria e muitos outros.
Ao longo da manhã o programa contou com duas mesas redondas que juntaram representantes da CIP, da AICEP, do IEFP, do IAPMEI, do Banco Português de Fomento e várias outras empresas do sector. Foram debatidos temas como a competitividade industrial, financiamento, internacionalização, estratégias de crescimento para as empresas do sector, assim como o papel das entidades públicas no futuro da metalurgia e eletromecânica.

