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Cartaxo prepara regulamento para utilização de espaços desportivos e escolares

A cedência de pavilhões e campos escolares levantou preocupações na primeira reunião do novo executivo, com a câmara a garantir a criação de um regulamento e a prometer ouvir escolas e associações.

A cedência das instalações desportivas dos agrupamentos escolares esteve em discussão na primeira reunião do novo executivo do Cartaxo, com a vereadora do Chega, Luísa Areosa, a defender a criação de um regulamento construído a partir dos professores das escolas. A eleita começou por frisar a responsabilidade da câmara na gestão das instalações escolares e apontou a falta de um regulamento para o uso dos espaços desportivos por entidades externas. Luísa Areosa lembrou que o tema não é novo e que tem gerado desconforto na comunidade educativa, referindo relatos de professores sobre a forma como alguns espaços ficam após a utilização. Defendeu que as soluções devem nascer “na base”, de quem está diariamente nas escolas. “Se há alguém que sabe fazer a gestão do espaço são as pessoas que trabalham lá todos os dias e se há alguém que quer defender os jovens e preservar as instalações são os professores. Por isso, peço que sejam eles a construir o regulamento e que depois a câmara ajuste o que for necessário”, disse, defendendo que a participação da comunidade não se limite à fase formal de consulta pública.
O presidente da câmara, João Heitor, confirmou a intenção de avançar com o regulamento, embora tenha sublinhado que este não é legalmente obrigatório. Ainda assim, garantiu que o município quer concretizar o processo, a par do trabalho em curso para o regulamento de apoio às associações. O autarca assegurou que o diálogo com quem está no terreno faz parte do método de trabalho do executivo, mas recordou os passos legais do processo. “Todos os regulamentos têm obrigatoriamente um período de consulta pública onde todos podem participar. Antes disso, naturalmente, recolhemos contributos de quem vive estes temas no dia a dia”, esclareceu. João Heitor reforçou ainda a necessidade de regras claras, destacando a coexistência de aulas e actividades associativas em horários alargados e a importância de garantir a preservação dos espaços. “Tem de haver compromisso e respeito pelos espaços, porque isso é respeitar as pessoas, sejam aquelas que estão a utilizar no âmbito de uma associação ou clube, sejam os alunos das escolas. Não há cedências em relação a isso”, frisou, reiterando abertura para ouvir contributos da comunidade neste tema.

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