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Um bombeiro que tomou o gosto pela restauração

Um bombeiro que tomou o gosto pela restauração

O negócio, apesar de ocupar muito tempo, corre sobre rodas, diz o empresário. Aos 14 anos Mário Rosário entrou para os Bombeiros Voluntários de Pernes “empurrado” pela família. Lá descobriu o gosto pela restauração, que 25 anos depois se traduziu num restaurante em nome próprio em Pernes, vila onde nasceu e continua a viver.

Mário Rosário abriu há três anos o restaurante com o seu nome no Bairro Novo, junto à Estrada Nacional 3, em Pernes, a vila do concelho de Santarém onde nasceu e vive. O negócio com o Restaurante O Mário “tem corrido muito bem” e é o resultado de um sonho que nasceu quando trabalhava nos bombeiros da vila, ainda em jovem.
“Entrei para os bombeiros aos 14 anos. Em novo gostava muito dos bombeiros, de ouvir as sirenes e de poder andar nos carros”, conta Mário, hoje com 41 anos, acrescentando que toda a família já trabalhava na associação - pai, mãe e os dois irmãos. Aos 15 anos ainda esteve numa fábrica ligada ao trabalho com madeira, mas como tinha asma optou por ir trabalhar a tempo inteiro para o restaurante dos Bombeiros Voluntários de Pernes, onde começou a tomar o gosto pela cozinha e pela convivência que as funções lhe permitem.
Foi nos bombeiros que Mário conseguiu um dos objectivos que mais sorrisos lhe traz à memória: há dez anos surgiu a oportunidade e conseguiu estudar e tirar o nono ano à noite pelos bombeiros, em Santarém, um dos feitos de que mais se orgulha.
O entusiasmo pela restauração reforçado com a criação do seu próprio estabelecimento, depois de 25 anos ligado ao restaurante dos bombeiros, mede-se pelas suas palavras: “Gosto muito de socializar com as pessoas e elas gostam da minha maneira de ser, mais brincalhão. Durante a semana o restaurante tem alguns clientes certinhos e bons”, conta Mário Rosário. A casa só fecha nas tardes de segunda e terça-feira.
Os pratos fortes são os grelhados, as comidas caseiras e regionais que servem muitos professores da Escola Básica D. Manuel I, do outro lado da estrada, alguns turistas, emigrantes que passam pelo local durante as férias, ou até mesmo peregrinos que em Maio e em Outubro passam pela EN3. E, com a formação de socorrista, Mário não deixa de auxiliar todos aqueles que precisem de ajuda na longa caminhada até Fátima.
Mário Rosário tem dois filhos e foi a mais velha, de 12 anos, que lhe valeu num episódio caricato. “Ela chegou a servir de livre vontade uns cafés a uns clientes e um dia fui avisado pelo Ministério do Trabalho. Eu disse-lhes que nunca a obriguei a trabalhar, ela é que gostava disso e ficava muito contente com uma ou outra gorjeta. São episódios que acontecem”, revela. Quanto ao mais novo, tem cinco anos e o empresário conta que ele é sempre o primeiro a perguntar-lhe se tem clientes no restaurante. “Parece preocupado”, afirma.
No restaurante trabalham o dono, uma cozinheira e duas empregadas de mesa, mas durante a semana a mulher de Mário (com quem está casado há 21 anos), os pais e a sua sogra dão uma mãozinha sempre que podem. E quando a cozinheira está de folga é o proprietário quem se encarrega da cozinha, afirmando gostar de fazer todos os pratos. Mas quanto às preferências aponta “borrego ou bacalhau de qualquer maneira”.
Mário Rosário é da opinião de que é mais fácil ser empregado do que patrão. “Há muita papelada e durante esta semana já andamos a pensar no que fazer para a próxima, para além de que estou aqui das 8h00 até às 22h30-23h00”. Segredos para um bom restaurante? “A empatia com os clientes e a atenção que lhes devemos dar assim que eles entram cá dentro”, conclui.

Um bombeiro que tomou o gosto pela restauração

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