O concelho de Benavente está a trabalhar com a Entidade Regional de Turismo para conseguir aproveitar da melhor maneira as condições únicas de que dispõe para apostar num turismo “identitário”. Num turismo baseado na sua identidade.
Em 2010, a sub-região do Sorraia – Benavente, Coruche, Salvaterra – foi classificada com potencial emergente para o turismo de natureza e beneficia de condições excepcionais associadas ao estuário do Tejo e à Companhia das Lezírias. Por outro lado, Benavente surge associado à candidatura do montado de sobro a património natural pela UNESCO, o que poderá concretizar-se em 2018.
“Para nos desenvolvermos temos de encontrar uma identidade própria, a diferenciação é fundamental. Somos o segundo município do país que mais produz arroz, essa terá de ser uma referência, sem esquecer a cortiça, o montado e a nossa grande mancha florestal. Não faz sentido falar de turismo sem estruturar produtos”, diz o presidente da câmara, Carlos Coutinho (CDU).
E acrescenta outras características. “Temos um potencial muito bom e associado às urbanizações em meio florestal, onde existem projectos turísticos. Temos três campos de golfe no concelho e é preciso criar condições para desenvolverem a actividade. Há depois outros projectos na fileira do cavalo. Temos o estuário do Tejo e uma charneca de grande dimensão. A complementaridade entre projectos que existem e os que pretendemos implementar serão fundamentais”, lembra.
As potencialidades de Benavente são motivo de atracção. O visitante pode desfrutar do magnífico espectáculo da Reserva Natural do Estuário do Tejo, onde milhares de aves migratórias e espécies ribeirinhas enchem de beleza uma vasta extensão de dezenas de quilómetros quadrados de vida e habitat selvagem, dando uma maior autenticidade à enorme riqueza espontânea, cenário natural do concelho, situado entre o Tejo e o Alentejo, junto à grande Lezíria Ribatejana.
O olhar perde-se ainda no verde dos arrozais, a garganta seca-se, na avidez de embarcar de uma só vez, um copo de vinho das videiras de Catapereiro; o Tejo, o rio de prosperidade e sobressaltos a espraiar-se na Lezíria; o Sorraia espelhando-se na claridade da campina, onde as cegonhas fazem ninhos que a Primavera aquece, pode ler-se no site da autarquia.
A câmara municipal investiu há alguns anos no Parque Ribeirinho de Benavente que é um espaço de excelência para o lazer. Com uma vasta área verde propícia para caminhadas ou passeios de bicicleta ao longo das margens do rio Sorraia e que está também ligado por um circuito pedonal ao Cais da Vala Nova e Parque de Merendas, através de uma ponte por cima das águas do rio, e ao Complexo Desportivo e de Lazer dos Camarinhais. Na Vala Nova, o cais permite atracar pequenas embarcações, sendo por isso uma mais valia para quem gosta de desportos náuticos. Construiu também o Parque Ribeirinho de Samora Correia junto ao rio Almansor, com características semelhantes.