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“As poucas horas livres que tenho sou eu que as imponho a mim mesma”
Fernanda Monteiro

“As poucas horas livres que tenho sou eu que as imponho a mim mesma”

Fernanda Monteiro - Sócia gerente da Construaza - Construções e Projectos, Ldª. Ficou desiludida com a derrota de Hillary Clinton nas eleições presidenciais americanas porque acha que as mulheres em geral, pelo facto de poderem gerar uma vida, têm mais sensibilidade e respeito pela humanidade. Diz que em Portugal as mulheres continuam a ser discriminadas no acesso a cargos de responsabilidade.

Organização é um dos elementos essenciais na vida da sócia gerente da Construaza - Construções e Projectos de Azambuja. “Quando começo a trabalhar verifico primeiro o que é prioritário e começo por essas tarefas. Normalmente existem assuntos que não podemos deixar para o dia seguinte e é a esses que dou atenção em primeiro lugar”, explica Fernanda Monteiro.
Mas não é a capacidade de organização aquilo que considera ser a maior vantagem das mulheres em relação aos homens em geral. “A maior vantagem é conseguirmos fazer várias tarefas em simultâneo. Também temos a vantagem de podermos dançar mulheres com mulheres e de podermos chorar em público sem sermos criticadas”, refere com algum humor.
Diz que na adolescência as únicas alturas em que lamentava não ter nascido rapaz era quando os pais não a deixavam sair à noite. Agora gosta muito de ser mulher mas reconhece que os homens têm alguns pontos positivos a seu favor, nomeadamente a pouca massa gorda que têm e o facto de conseguirem mais rapidamente a massa muscular no ginásio.
Sobre uma característica comum à maioria dos homens refere a sua determinação sem ponderação. “Quando têm um objectivo lutam até ao fim por ele independentemente das consequências que possam advir nomeadamente para a família, enquanto as mulheres ponderam de maneira diferente podendo por vezes abdicar dos seus ideais”.
Fernanda Monteiro diz que as mulheres continuam a ser preteridas nos concursos apesar de terem as mesmas habilitações porque é entendido que a elas lhes cabe dar à luz e tratar dos filhos e da família.
Gostava de viver num mundo governado por mulheres porque acha que o facto de as mulheres conceberem a vida têm mais sensibilidade e respeito pela humanidade. A derrota de Hillary Clinton nas eleições presidenciais dos Estados Unidos da América foi para ela uma grande decepção.
As poucas horas livres que tem é ela que as impõe a si própria porque se assim não fosse estava ininterruptamente a trabalhar. Nessas alturas gosta de confraternizar com os amigos, ler, viajar e ir ao cinema.
A primeira vez que foi a um jogo de futebol, a gestora da Construaza saiu ao intervalo mas em relação a touradas não acontece o mesmo ou não tivesse ela nascido em Coruche, terra de tradições tauromáquicas onde não ir a uma tourada ou a uma largada é que é considerado estranho.

“As poucas horas livres que tenho sou eu que as imponho a mim mesma”

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