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Água do Tejo com valores de fósforo acima dos valores máximos admissíveis

Ministro do Ambiente diz que a qualidade da água está a ser avaliada em contínuo

O ministro do Ambiente admitiu na semana passada a existência de fósforo acima dos valores máximos admissíveis no Tejo, mas adiantou que desde 20 de Março existem amostradores passivos para avaliar em contínuo a qualidade da água do rio.
“O fósforo de facto já era conhecido há cerca de uma semana, 15 dias. Disse na Assembleia da República que o fósforo ultrapassa reiteradamente os valores máximos admissíveis no Tejo. Vem sobretudo da actividade agrícola (...) e quando a água entra em Portugal, já tem fósforo a mais”, afirmou João Pedro Matos Fernandes, depois de questionado sobre a qualidade da água do rio.
O governante, que falava em Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, à margem da inauguração do Centro Documental Raiano (CDR) - Recursos Alternativos Ambientais, começou por dizer que actualmente há dados sobre a qualidade da água do rio Tejo que não havia.
“Só desde Março de 2016 é que eles começam a ser recolhidos. E por isso não há qualquer razão para achar que a qualidade piorou. Aliás, os poucos dados que temos, que são muito poucos (...) demonstram até uma melhoria, ainda que muito paulatina, da qualidade da água, sobretudo em consequência da construção de um conjunto de estações de tratamento de águas residuais”, disse.
O ministro explicou que a boa notícia para o Dia Mundial da Água, que se assinalou a 22 de Março, é finalmente a existência de dois amostradores passivos no Tejo que vão permitir uma análise em contínuo da qualidade da água no rio. “Estão neste momento em teste, mas em dias, começarão a produzir resultados e a ser públicos. Ou seja, se até Março de 2016, nem análises se faziam com periodicidade (...), desde segunda-feira, temos dois sítios em continuo no Tejo que nos passarão a poder fazer uma leitura também em contínuo da qualidade da água”, sustentou.
João Pedro Matos Fernandes admitiu que a presença de alguns metais pesados no rio Tejo é uma situação naturalmente preocupante. Contudo, sustenta que as análises existentes ainda têm um ciclo muito curto: “Até 2016, repito, pura e simplesmente não se faziam, aparecem pontualmente e por isso não temos ainda dimensão estatística para poder afirmar se é ou não preocupante”.
Sublinhou ainda que o seu ministério está a introduzir um conjunto de mudanças, algumas das quais começam já a dar resultados, e deixou um apelo, sobretudo aos potenciais poluidores do rio Tejo, ainda que involuntariamente, para que tenham um comportamento mais conforme com aquilo que são as regras ambientais.

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