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A tolerância de ponto por causa do Papa e os bons e maus empregos

No dia 12 houve tolerância de ponto para os trabalhadores do Estado, vulgarmente designados por funcionários públicos e eu, que não trabalho na função pública, defendi junto dos meus amigos, muitos dos quais funcionários públicos, que a medida era discriminatória, como são discriminatórias várias outras benesses que o Estado dá aos seus trabalhadores. Um dos argumentos de quem discorda de mim é que cada entidade patronal dá as regalias que quer aos seus trabalhadores e que quem quer bons empregos arranja-os. É um argumento interessante mas, quanto a mim, não leva em linha de conta uma coisa: O Estado paga aos funcionários públicos com o dinheiro dos nossos impostos e não com o dinheiro resultante da riqueza que gera, o que faz com que possa continuar a dar benesses mesmo quando está numa situação deficitária e com uma enorme dívida. Os patrões privados, se não tiverem lucros, não podem dar regalias aos seus trabalhadores. Nada tenho contra os funcionários públicos (pelo menos contra aqueles que trabalham e cumprem as suas funções porque há outros que nos maltratam sendo felizmente uma minoria) e eles não são culpados destas situações. O que eu gostaria é que o Estado não gastasse dinheiro que não tem em coisas que não são essenciais e não nos privasse de serviços públicos nos dias em que a maioria dos portugueses está a trabalhar como aconteceu no dia 12 de Maio.
Rui Mateus

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