Está “em cima da mesa” e ficará pronto, “o mais tardar” até ao final do ano, o projecto para a construção de um novo auditório na vila da Castanheira do Ribatejo, concelho de Vila Franca de Xira, uma obra prometida há oito anos. A garantia foi dada numa das últimas reuniões públicas de câmara pelo presidente do executivo, Alberto Mesquita (PS), que manifestou a sua vontade de finalmente concretizar o projecto.
“Conforme foi o compromisso assumido por nós iremos avançar com a construção de um auditório na Castanheira. Espero que o projecto esteja pronto até final do ano e depois se verá para onde poderemos evoluir”, afiançou o autarca. Alberto Mesquita respondia ao presidente da Junta da Castanheira, Luís Almeida (CDU), que quis saber quando é que a obra irá avançar.
Castanheira do Ribatejo, recorde-se, está sem um auditório e equipamento cultural desde que o cinema que ali existia encerrou portas. Sempre que é preciso fazer uma sessão pública ou uma assembleia municipal as entidades têm de recorrer aos edifícios das associações ou ao exíguo salão da junta de freguesia local.
“Seria muito interessante saber o que se poderia fazer naquele local, inclusive no âmbito desta nova estratégia de reabilitação urbana proposta pelo município”, defendeu Rui Rei, vereador do município eleito pela Coligação Novo Rumo. O autarca voltou a defender que a antiga sala de espectáculos poderia ser “metida ao serviço da população” e com menores custos do que construindo um auditório de raiz, como pretende o executivo socialista.
O presidente do município já tinha dito que reaproveitar o cinema é uma matéria que ainda não está avaliada. O cinema da Castanheira foi o último a encerrar portas no concelho, já depois das salas existentes no Vila Franca Centro. Desde essa altura que os moradores do concelho, querendo ir ao cinema, têm de se deslocar a Lisboa.
A possibilidade de se construir um novo auditório para eventos culturais na Castanheira do Ribatejo, em terrenos situados ao lado da junta de freguesia, é antiga mas a obra nunca avançou por ser demasiado cara. Em Novembro de 2014 a câmara chegou a admitir que os trabalhos só avançariam caso fossem conseguidos fundos comunitários, que nunca apareceram.