Rebentamentos que se assemelhavam a tiros com armas de fogo registados ao longo de horas nas imediações do Bairro Frederico Ulrich, no Entroncamento, habitado maioritariamente por famílias de etnia cigana, levaram algumas pessoas a barricarem-se em casa durante horas, com medo.
Os rebentamentos registaram-se na noite de segunda-feira a partir das 21h00 e até depois das 22h30, e durante toda a manhã de terça-feira, 27 de Junho. Fonte das relações públicas do Comando Distrital da PSP disse a O MIRANTE que o barulho foi provocado pelo rebentamento de petardos, alguns dos quais foram colocados em caixas de correio de prédios. A polícia não tinha identificado, até meio da tarde desta terça-feira, o autor ou autores do rebentamento dos petardos.
O MIRANTE confirmou junto de uma moradora da Rua Alexandre Herculano que a situação inspirava receio uma vez que é normal serem disparadas armas de fogo no referido bairro. Um outro morador com quem falámos, que reside na Rua General Humberto Delgado, também se manifestou preocupado com o sucedido e embora não saiba quem foram os autores dos rebentamentos, refere que a maioria dos problemas ocorridos naquela zona da cidade tem origem no bairro Frederico Ulrich, que também é geralmente conhecido por “bairro dos ciganos”. As pessoas que falaram com O MIRANTE pediram para não ser identificadas por receio de represálias.
A 25 de Maio deste ano, também com pedido para não ser identificado, um morador da Rua Almeida Garret, na mesma zona da cidade, referiu assaltos reiterados naquela artéria. “Ainda no domingo passado o meu carro foi assaltado e vandalizado à porta de casa, arrombaram a porta do prédio e roubaram a bicicleta do meu filho”, contou, acrescentando que quando estava a apresentar queixa na esquadra da cidade contra desconhecidos, entraram dois vizinhos seus também para apresentarem queixa.