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Sardoal candidata Semana Santa a património cultural nacional

Município pretende ainda criar um centro de interpretação da Semana Santa e do património religioso na capela de Nossa Senhora do Carmo.

O Sardoal comemorou os 486 anos de elevação à categoria de vila no dia 22 de Setembro e o presidente da câmara, Miguel Borges, anunciou na abertura dos festejos que o município avançou com uma candidatura cujo objectivo passa por conseguir que a Semana Santa do Sardoal seja integrada no inventário nacional do património cultural imaterial, gerido pela Direcção Geral do Património Cultural.
Esta candidatura, disse o autarca, pretende dar relevo e salvaguardar as tradições da Semana Santa no concelho do Sardoal, para que estas sejam mantidas e divulgadas de forma consistente e reconhecidas como uma mais valia a nível nacional. Nesta candidatura estão todas as tradições relacionadas com a Semana Santa, desde a primeira procissão até ao bodo, que acontece cinquenta dias depois da Páscoa, passando pela elaboração dos tapetes de flores nas igrejas e capelas do concelho e aos anjinhos que acompanham as procissões.
O município pretende ainda criar um centro de interpretação da Semana Santa e do património religioso na capela de Nossa Senhora do Carmo. O projecto, que resultou de uma parceria entre a Câmara do Sardoal e o Instituto Politécnico de Tomar, aposta na disponibilização de um conjunto de elementos através das novas tecnologias, que possam ajudar os visitantes a perceber, em contexto real e durante todo o ano, a importância da Semana Santa do Sardoal. O projecto, cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), em cerca de 143 mil euros, visa a conservação e restauro da capela.
Esta candidatura, sublinhou Miguel Borges, “é uma clara aposta para salvaguardar o património material e imaterial, e manter a memória colectiva da comunidade e história do Sardoal, garantindo a passagem de testemunho para as gerações futuras”.
“Interioridade não é sinónimo de inferioridade”, diz Miguel Borges, lembrando aos decisores políticos a obrigação de aproveitar a interioridade enquanto sinónimo de qualidade, reconhecendo o potencial do concelho do Sardoal, na área do turismo e da cultura, factores de desenvolvimento económico e manutenção da qualidade de vida da população.

Faltam espaços de alojamento
O presidente do Turismo do Centro, Pedro Machado, presente na cerimónia de comemoração dos 486 anos de elevação de Sardoal a vila, reforçou a necessidade de criação de unidades de alojamento no Sardoal, que devem ser da responsabilidade de privados, já que as câmaras e juntas de freguesia não estão vocacionadas para criar essas estruturas. “Caberá às autarquias conseguir criar condições para atrair investimento privado”, disse Pedro Machado.
A directora do Centro 2020, Isabel Damasceno, convidada para assistir às cerimónias, reconheceu que o município tem sabido aproveitar muito bem as ajudas comunitárias e investir em projectos que beneficiam e facilitam a vida dos sardoalenses, como é o caso dos corredores centrais que foram colocados nas ruas do centro histórico da vila, para facilitar a mobilidade de todos. Isabel Damasceno acredita que o projecto agora submetido para classificar a Semana Santa do Sardoal como património imaterial nacional apresenta os requisitos necessários para ser aprovado.

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