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“Acho que a polémica dos pesticidas com glifosato é uma falsa polémica”
José Cabral vive para a Agrolega mas dedica o tempo livre à família

“Acho que a polémica dos pesticidas com glifosato é uma falsa polémica”

José Cabral tem 61 anos, vive em Coruche e gere a Agrolega na Golegã

Quando era pequeno sonhou ser futebolista e bombeiro. Futebol não praticou, mas foi jogador de rugby até aos 21 anos, na Escola de Regentes Agrícolas em Santarém, onde estudou. José Cabral fundou a sua própria empresa, em 2006, dedicada à comercialização de factores de produção para a agricultura, nomeadamente adubos, sementes e agro-químicos. Não entende a polémica do glifossato que já foi proibido em vários países por ser cancerígeno. Confessa que não ajuda nas tarefas domésticas e tenta que o trabalho que faz no terreno à volta da casa seja equiparado a lavar pratos ou a aspirar o chão.

Quando somos novos queremos ser muitas coisas. Sonhei ser futebolista, bombeiro e mais coisas mas como em minha casa sempre se falou muito da Escola Agrícola de Santarém, acabei por ir tirar o curso de Regente Agrícola.
O sector agrícola, embora muito endividado, vive razoavelmente. Fundei a Agrolega em 2006. É uma empresa dedicada à comercialização de factores de produção para a agricultura, adubos, sementes e agro-químicos. Somos cinco trabalhadores e só trabalhamos para o mercado nacional. Todos os produtos fito-farmacêuticos são perigosos quando mal usados ou usados por quem não deve. Passa-se o mesmo com os medicamentos, por exemplo. As leis que superintendem a nossa actividade são muito claras quanto ao que se pode e deve fazer. Não há que ter receio.
Enquanto estudei pratiquei vários desportos. Fui jogador federado de rugby, até aos 21 anos, na Escola Agrícola em Santarém. Em termos clubísticos sou do Benfica mas nunca me tornei sócio.
Ultimamente tenho-me tornado fã da música portuguesa. Gosto de ouvir as músicas de Rui Veloso, Amor Electro, Raquel Tavares e Xutos & Pontapés. De vez em quando gosto de reavivar a minha alma de roqueiro e oiço Genesis, Pink Floyd, Yes...
Faço diariamente 170 quilómetros entre o trabalho e a minha residência. Vivo em Coruche e vou todos os dias para a Golegã, onde está sediada a empresa. Vivo praticamente para a Agrolega, mas o meu tempo livre é inteiramente dedicado à família.
Adoro viajar porque cada viagem me permite conhecer novas formas de ver a vida. Viajo com frequência, tanto a nível profissional como pessoal. O último destino foi Milão em Setembro de 2016. Já passei pelo Brasil, Venezuela, República Dominicana, Cuba, África do Sul, Espanha, França, Itália, Suíça e Alemanha.
Passei a minha infância em Coruche e fui uma criança bastante alegre e feliz. Naquela época brincava-se na rua, jogava-se à bola, ao berlinde e ao pião. Como havia poucos carros era possível brincar nas ruas em segurança e como o dinheiro não era muito também não havia muitos brinquedos. A televisão estava a começar e não havia programas para miúdos.
Considero-me um razoável apreciador de bom vinho e sou bom garfo. Na alimentação prefiro optar pela qualidade e não pela quantidade. Gosto muito de peixe grelhado, seja robalo ou linguado. Como conheço bem o nosso país, atrevo-me a dizer que temos a melhor gastronomia do mundo.
A Golegã precisa de um impulso para gerar mais empresas . Com elas haverá mais emprego. Se eu fosse presidente da câmara apostava no aumento da zona industrial.
O sector agrícola foi evoluindo e novas leis vieram trazer alguma disciplina e organização à minha actividade comercial. No entanto considero que ainda se pode ir mais longe, sem ser restritivo.
Não ajudo muito nas tarefas de casa. Como vivo no campo, tenho um grande espaço em volta da casa para tratar. Acho que isso pode ser contabilizado como uma tarefa doméstica.
Sou teimoso e é difícil voltar atrás numa decisão. Não tenho medos, mas tenho um enorme respeito pelo desconhecido.

“Acho que a polémica dos pesticidas com glifosato é uma falsa polémica”

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