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Tetraplégico de Abrantes vai protestar junto à Assembleia da República
Eduardo Jorge vai estar deitado numa cama articulada e fechado numa gaiola em frente a Assembleia da República

Tetraplégico de Abrantes vai protestar junto à Assembleia da República

Eduardo Jorge pretende assinalar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência e vai colocar-se ao cuidado dos governantes de 1 a 4 de Dezembro.

Eduardo Jorge, 55 anos, a trabalhar como assistente social no Centro de Apoio Social da Carregueira (CASC), concelho da Chamusca, anunciou que vai estar, entre os dias 1 e 4 de Dezembro, em frente à Assembleia da República, em Lisboa, deitado numa cama articulada e fechado dentro de uma gaiola. O tetraplégico vai sair no sábado de manhã, num “táxi adaptado”, da CASC, instituição onde reside, para iniciar, pelas 14h00, a sua acção de sensibilização em favor do projecto “Vida Independente” e para assinalar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, a 3 de Dezembro.
Durante os quatro dias, Eduardo Jorge pretende colocar-se unicamente aos cuidados do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do primeiro-ministro, António Costa, e do ministro do Trabalho e Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva. O objectivo é mostrar a importância da assistência pessoal e da necessidade urgente de tornar realidade os Centros de Apoio à Vida Independente (CAVI).
Esta será mais uma iniciativa realizada pelo activista dos direitos das pessoas com deficiência e responsável pelo blog “tetraplegicos.blogspot.com” e pelo movimento nas redes sociais “Nós Tetraplégicos”. Além de vigílias em frente à Assembleia da República, Eduardo Jorge já fez uma greve de fome, em 2013, e uma viagem de 180 quilómetros em cadeira de rodas, durante três dias, entre Concavada e o Parlamento, em 2014.
Eduardo Jorge, natural de Concavada, Abrantes, ficou tetraplégico a 20 de Novembro de 1991, após um acidente de viação perto de Alvega (Abrantes). Na altura, foi transportado para o Hospital de Abrantes e depois, devido à gravidade dos ferimentos, para o Hospital de São José, em Lisboa. Foi lá, aliás, que ficou a saber, através de um médico, da má notícia. Seguiu-se um período de várias reabilitações e sete operações que lhe permitiram recuperar alguns movimentos das mãos.
Entretanto arranjou uma cuidadora para o ajudar nas necessidades diárias até Julho de 2015, momento em que foi obrigado a ir viver para o CASC para não ter de ficar sozinho durante a noite.

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