O presidente da Junta de Freguesia da Carregueira está indignado com a decisão da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Chamusca em fechar o balcão na localidade. Joel Marques diz, em comunicado, estar em “choque perante tamanho retrocesso na prestação de serviços disponibilizados pela caixa”.

“Sendo certo que vivemos num período de responsabilidades acrescidas para instituições e entidades no combate à desertificação e no que diz respeito à promoção da coesão territorial e social, este encerramento constitui um duro golpe às legitimas aspirações da Freguesia em prestar e disponibilizar o maior número de serviços à sua população”, refere o autarca.

Joel Marques informa que a junta já solicitou uma assembleia de freguesia, com carácter de urgência para “tomada de posição política mais robusta”, apresentando “a sua solidariedade com os clientes e sócios”. O autarca refere ainda que vai promover um plenário com a população, clientes e associados da instituição para esclarecimento e tomada de posição conjunta no próximo dia 26 de Outubro pelas 18:30 na sociedade “os Unidos”.

Para o autarca “com o encerramento da Delegação na Carregueira são claramente contrariados os princípios históricos e os valores assumidos a 7 de Fevereiro de 1929 no acto da fundação da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Chamusca”. Explica Joel Marques que um desses princípios é “uma clara vertente social, destinando parte dos seus resultados ao benefício da comunidade onde está inserida. Particularmente colocando à sua disposição bens e equipamentos que fazem diminuir o grau de dificuldade que é viver no interior, onde a banca comercial por razões económicas não vai investir”.

A Carregueira, a freguesia mais a norte do Concelho da Chamusca, tem uma área de 98,6 quilómetros quadrados e uma população de 2020 pessoas. “Na Freguesia da Carregueira a população com 65 ou mais anos corresponde a 25,3% e temos índices de dependência total e de idosos historicamente altos, 61,5% e 40,9% respectivamente”, elucida Joel Marques.