A comemorar o 60º aniversário o Atlético Clube Alcanenense está a atravessar um período muito difícil da sua história. Quando a Comissão Administrativa, que tenta por todos os meios resolver os problemas financeiros, se preparava para iniciar o processo de pagamento de dívidas ao fisco, foi confrontada com dívidas mais antigas, que voltaram a abanar toda a estrutura do clube.A Comissão Administrativa tomou conta dos destinos da colectividade em Julho de 2002, numa altura em que o clube corria o risco de fechar as portas e ficar sem o seu património. Com muito esforço e com a ajuda de alguns amigos do clube já pagou cerca de quarenta mil euros de dívidas a jogadores e treinadores.Quando agora se preparava para pagar às Finanças os impostos que foram detectados pela fiscalização de que o clube foi alvo, e da qual recebeu avisos para pagar cerca de quarenta e dois mil euros, de impostos relativos aos anos de 1998 e 1999, que pretendia pagar até ao dia 31 de Janeiro de 2003, foi com espanto que quando se dirigiu à Repartição de Finanças de Alcanena, para iniciar o processo de regularização de dívidas dos anos de 1998,99,2000 e 2001, foi confrontada, pelos funcionários, com uma dívida fiscal dos anos de 1992 a 1997, cujo montante sem juros ascende a cerca de cinquenta mil euros.Face a esta situação, a Comissão Administrativa do Alcanenense resolveu não fazer qualquer pagamento, ficando a aguardar mais alguma notificação, de forma a poder saber concretamente qual a dívida do clube.Foi um balde de água fria para os dirigentes que têm trabalhado duro para salvar o clube, que esperavam liquidar todas as dívidas do clube até ao final da época desportiva. Para isso já tinham iniciado um grande sorteio, com a atribuição de um automóvel Peugeot 106, para o qual contava com o apoio de todos os associados e amigos do Alcanenense.Os membros da comissão garantem que não vão desarmar, e continuam firmes na luta pela salvação do clube, e exortam os atletas que representam o Alcanenense em todas as modalidades e escalões a continuarem a empenhar-se na dignificação do clube porque só assim ajudam a sair da situação calamitosa em que se encontra.