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Atletas do Reboleira fizeram a corrida sempre isolados na frente

Riomaiorenses quase levaram a dobradinha

ATLETISMO: Reboleira e C. N. Rio Maior dominaram na 17.ª Estafeta Alcanena-Rio Maior

O Clube de Natação de Rio Maior venceu a competição feminina da 17ª Estafeta Alcanena-Rio Maior e conseguiu o segundo lugar na vertente masculina, ganha pelos atletas do Reboleira (Amadora). A prova teve uma das suas melhores edições de sempre, tendo sido batidos vários recordes de percurso e também o recorde de participações, com 43 equipas inscritas.

A equipa do GDR Reboleira/Acoril, em masculinos, e o Clube de Natação de Rio Maior (CNRM), em femininos, venceram a 17ª Estafeta Alcanena-Rio Maior, realizada na manhã do passado domingo, que contou com a participação de 43 formações.Num percurso com uma extensão de 33,3 quilómetros e dividido por seis passagens de testemunho, a formação amadorense nunca deu hipóteses aos mais directos adversários - a equipa da casa, o CNRM. O clube que veio de Lisboa e que já alcançou vários títulos nesta prova, demorou 1 hora 46 minutos e 48 segundos a completar a corrida, quase menos quatro minutos e meio que a equipa ribatejana. No terceiro posto ficou a formação Sementes Ribeire Nova/Oeiras, a quase sete minutos dos vencedores. Os homens da Reboleira comandaram a prova desde o tiro de partida, em Alcanena, até à chegada, na Praça da República, frente à Câmara de Rio Maior. O sexteto vencedor, constituído por Gustavo Couto, Nuno Romão, José Inácio, Mário Monteiro, Fernando Tavares e Bruno Fraga, comandou sempre a corrida.O primeiro ponto de passagem do testemunho realizou-se em Monsanto, ao qual se seguiu Amiais de Cima, Alcanede, Fráguas, Repolho e Rio Maior. Um domínio só contrariado pelo riomaiorense Gilberto Fernandes que se impôs ao amadorense José Inácio quando os atletas chegaram a Amiais de Baixo. Quanto à organização da prova destacamos um facto positivo e outro negativo. Em primeiro lugar, a preocupação dos organizadores em que não sucedessem acidentes aconselhando os atletas a seguirem sempre de frente para os carros durante a corrida. O que veio a revelar-se positivo com o apoio dos agentes da Brigada de Trânsito. Por outro lado, mais que uma opção, provavelmente um esquecimento, pelo facto de não ter havido água para os atletas no final da prova. A maior parte queria matar a sede e não tinha como.Prova agradouaos protagonistasNo final da prova e antes do almoço e entrega de prémios da churrasqueira Gato Preto, O MIRANTE falou com o porta-voz da equipa vencedora pela sexta vez, Mário Monteiro. O atleta reconheceu que nesta edição conseguiram ganhar com uma vantagem bastante superior à registada noutros anos. “Hoje conservámos alguns atletas porque para a semana vamos ter os campeonatos de corta-mato curto e longo de Lisboa”, referiu Mário Monteiro, aproveitando ainda para recordar que esta equipa foi oitava no campeonato nacional de estrada absoluto.Entre os de Rio Maior não havia grande tristeza por não terem conseguido vencer em casa. O marchador Sérgio Vieira, que competiu em marcha no dia anterior com o irmão, João, confessou-nos que a equipa não vinha para lutar pela vitória, visto estar um bocado desfalcada. “Viemos dar uma perninha e tentar fazer o melhor”. Tiago Madeira, João Lopes, Gilberto Fernandes e Pedro Ribeiro foram os restantes jovens elementos.Na competição feminina e a correr em casa, as jovens do CNRM, num misto de atletas de corrida e marchadoras, não deram chances às suas concorrentes. A prova feminina percorreu uma distância menor, tendo partido de Alcanede. Ainda assim foram percorridos cerca de 15 quilómetros, com a equipa composta por Kristina Saltanovic, Vera Santos, Madalena Casaca, Mónica Gonçalves, Andreia Madeira e Inês Henriques a dar boa conta do recado, em 1.00.02 horas. Sem contar com Susana Feitor, lesionada, é de salientar que a atleta balcânica do CNRM bateu o recorde do seu percurso com a marca de 8.30 minutos.No segundo lugar do pódio classificou-se a equipa das Sementes Ribeira Nova/Algarve e a sua atleta, Carla Ponte, conseguiu também o tempo de 5.03 minutos, novo recorde do quinto percurso.Numa corrida sem história as atletas do CNRM levaram a melhor e a marchadora Inês Henriques admitia que a concorrência não tinha sido muita. “Apesar da Susana Feitor não ter participado devido a uma dor nas costas e também não andar muito boa, conseguimos ganhar com à vontade”, afirmou-nos.Da parte das autarquias envolvidas, Daniel Café, vereador da Cultura da Câmara de Alcanena, congratulava-se por se ter batido o recorde de inscrições com 43 equipas em mais uma organização conjunta pelo desporto a envolver as duas autarquias ribatejanas. O responsável camarário admitiu que no futuro se poderá enveredar por uma vertente mais competitiva, com prémios monetários e a presença de atletas de maior nomeada.Para o vice-presidente da Câmara de Rio Maior, Vítor Damião, tratou-se de “mais uma edição de uma prova com tradição, boa adesão dos atletas e uma excelente promoção da prática desportiva”. Na sua opinião, deu-se um exemplo para outras câmaras na divulgação conjunta do desporto e convívio entre atletas e autarcas.
Atletas do Reboleira fizeram a corrida sempre isolados na frente

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