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Leilão deserto

Ninguém se mostrou interessado em comprar a Pavril, na Chamusca

A Pavril – Fábrica de Cerâmica do Ribatejo foi a leilão, sexta-feira dia 31 de Janeiro, na sequência de um processo de falência. Apesar da presença de meia centena de pessoas, ninguém se mostrou interessado na compra da empresa. Para venda estava a massa falida da empresa, instalações e maquinaria industrial.

A base de licitação para as instalações e maquinaria industrial e uma área de terreno com cerca de trinta mil metros quadrados, com um valor patrimonial de cerca de quinhentos e noventa mil euros, era de quatrocentos mil euros (80 mil contos). Depois de várias chamadas do leiloeiro ninguém se atreveu a fazer qualquer licitação.Esta foi a segunda vez que a Pavril, uma fábrica de pavimentos e revestimentos de cerâmica, sediada em Ulme, Chamusca, foi colocada em leilão. Da primeira vez ainda houve quem se arriscasse a licitar, tendo na altura e após vários lances, sido arrematado por cerca de 500 mil euros (cem mil contos), só que o arrematante veio a desistir da compra posteriormente.A avaliar pelas conversas das pessoas que se encontravam no leilão, mais para assistir do que para comprar, a localização das instalações e a crise porque passam as empresas do ramo, não incentivam a compra. No interior de um grupo de sete pessoas que discutiam o assunto, dizia-se que “isto só interessa à Faceril (uma fábrica de tijolo contígua) para alargar as suas instalações. Ou então a algum industrial de maquinaria aqui da zona para guardar as máquinas, porque para o mesmo fim não tem interesse nenhum”. Em leilão esteve também o mobiliário de escritório, uma rectro-escavadora, um empilhador, um gerador entre outros pequenos equipamentos. A base de licitação era de sessenta e cinco mil euros, mas também ninguém mostrou interesse na sua aquisição.Um industrial da Chamusca ainda se atreveu a oferecer uma verba de cem mil euros (20 mil contos). Mas o leiloeiro encarregou-se de não a aceitar, dizendo que ele só podia estar a gozar. Foi ainda feito um registo de oferta por um dos presentes, que se supõe pertencer à leiloeira, tendo oferecido duzentos e oitenta mil euros (56 mil contos). Valor que tem de ser sujeito à aprovação do tribunal. Como o leilão ficou deserto, o mais provável agora é que se proceda a uma venda através de propostas por carta fechada. Ou proceder a um terceiro leilão. Recorde-se que a Pavril começou a laborar em 1990, tendo fechado as portas em 1997, sete anos depois de ter sido inaugurada com pompa e circunstância. Quando encerrou, a empresa pagou os ordenados e indemnizações aos cerca de quarenta trabalhadores que se encontravam em serviço, sendo a falência decretada apenas devido a dívidas à banca.

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