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As escolas de toureio

Por tardio o seu aparecimento, foram criados na população portuguesa mais propensa para o fenómeno taurino, conceitos errados sobre a forma de lidar reses bravas.Abusivamente quase todos os intervenientes afirmam praticar a arte do toureio, gerando a promiscuidade e a confusão nas pessoas, colando-se á arte maior, que não tem paralelo com as artes de efeito rápido e casuístico. Para praticar o toureio o/a artista utiliza auxiliares bem definidos, com os quais é obrigado a cumprir com tempo, lances pré-definidos, desenhando consoante a sua capacidade psíquica e física, figuras de rara beleza estética.As escolas de toureio têm o dever de defender a arte de tourear - o fermento base da sua criação - desmontando os errados conceitos a que sujeitaram os aficcionados.Podemos citar os seguintes exemplos: Os forcados, o que praticam é a arte de pegar toiros e não do toureio. Os cavaleiros não toureiam, praticam é a arte de recortar e bandarilhar a cavalo ( em Espanha são definidos como Rejoneadores ). O tércio apeado de bandarilhas, mais não é do que a arte de recortar com bandarilhas, que em Espanha o artista maior dispensa e o regulamento permite, supostamente porque existe a noção clara de que a sorte está desinserida da arte de tourear.A grande contradição está na atitude do ganadeiro que prepara os seus toiros para o toureio e sem alternativas os cede para a arte de recortar e pegar.As escolas de toureio têm a obrigação de praticar uma acção pedagógica mais global, não só ensinando a arte de tourear, mas sim formando aficcionados, sem os quais o toureiro ( figura desejada ) fica sem suporte, tornando irrelevante o esforço despendido.Para começar as escolas devem convidar os autarcas para sessões de esclarecimento, ou até, caso alguém o deseje, de formação através dum mini-curso sobre, o touro, a corrida, o toureiro e o toureio, para as quais disponibilizo desde já material de apoio que possuo.As escolas, quase todas suportadas pelas entidades públicas, não podem relevar no seu discurso a origem popular dos aficcionados e, ao mesmo tempo, formarem apenas uma elite com alguma capacidade económica.Os seus dirigentes devem esclarecer se a escola tem como fim a formação de artistas de primeiro plano, numa perspectiva de ajuda no desenvolvimento sócio-económico-turístico dos concelho e das regiões, ou se a intenção, como no passado, se fica só pela formação de peões de brega.Estas questões embora possam parecer mesquinhas para aqueles agentes taurinos que querem continuar sós, exibindo a sua dependente e comprometida sabedoria, são relevantes, principalmente quando a temática vai ser discutida em Santarém durante a 1ª Feira Nacional do toiro .António Mota Felício – Golegã(Texto enviado através de correio electrónico)

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