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Os Revisteiros animaram o desfile ao ritmo do samba

Carnaval abrasileirado no coração do Ribatejo

Milhares de foliões inundaram de cor e alegria as ruas de Samora

Os ritmos do samba contagiaram milhares de foliões no Carnaval de Samora Correia no domingo e terça-feira. A Escola de Samba Mocidade Lusa de Sacavém, com mais de oitenta sambistas, transformou a avenida principal e ruas anexas num sambódromo.

O actor e apresentador João Baião não deixou os seus créditos por mãos alheias e do alto de um carro que aludiu ao fado desafiou os populares que emolduraram o quadro carnavalesco a participarem activamente na festa.Mas como nem só de samba vive o carnaval, duas dezenas de carros alegóricos proporcionaram um cortejo diversificado que misturou o trapalhão com o lado mais erudito do carnaval.No corso de domingo não faltou uma sátira ao programa “Academia dos Famosos” com um grupo de jovens de Samora a vestir a pele das vedetas. A restauração do concelho era um tema inevitável no corso. Um grupo de jovens vestiu-se de rainhas e mosqueteiros e concebeu o castelo que vai acolher o novo reinado do futuro concelho. Um município virado para a monarquia e sem a presença do “Rei Kanhão” que há 23 anos está na cadeira do poder. Uma alusão ao presidente da câmara de Benavente, António José Ganhão.O mundo fantástico da Disney apareceu em grande com a Branca de Neve e os Sete Anões, o Peter Pan e um infindável número de estrelas da animação que fez a alegria dos mais pequenos e dos pais. A vida abastada nas Arábias não foi esquecida por um grupo de foliões. Numa versão mais erudita e com um elevado grau de perfeição, “o grupo de Vila Franca”, como já é conhecido, trouxe um quadro de pintores, vestidos de cores vivas (azul e vermelho num fundo branco) e com tecidos de grande qualidade.Na parte final do corso, os “Revisteiros” e o incansável Joaquim Salvador (actor samorense que participou na Escolinha do Baião) recuperaram a vivacidade do desfile e, com a energia própria de quem vive a festa com alma, contagiaram o público que lhes rendeu aplausos, serpentinas e vivas.Um grupo de "jovens", na sua maioria com mais de 60 anos, recuperou a tradição dos anos 50 e formou um rancho de ceifeiras.No carnaval de Samora vale tudo e ninguém levou a mal que num carro com cavalos, campinos e um toiro, aparecesse um brasileiro a sambar e outros figurantes que nada tem a ver com o Ribatejo, a não ser o facto de viverem numa vila ribatejana. Os aficcionados perdoaram porque o carnaval é isso mesmo, uma festa sem regras e onde quanto pior melhor.Num primeiro balanço feito no domingo, a organização divulgou que ficou satisfeita com a resposta dos foliões. “Tivemos uma grande afluência de público e temos recebido muitos elogios das pessoas. Valeu a pena o esforço”, disse Manuel Parracho, presidente da Associação Recreativa e Cultural Amigos de Samora (Arcas) que organiza a festa há 16 anos. O folião, que liderou a organização, considerou que a escola de samba valorizou o corso. “A escola de samba veio dar muito ritmo e cor ao corso. Era um objectivo há vários anos e felizmente conseguimos assegurar a sua participação”, disse.
Os Revisteiros animaram o desfile ao ritmo do samba

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