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Responsabilidade dividida na Ponte D. Amélia

A Câmara Municipal do Cartaxo quer estabelecer um protocolo com o Instituto de Estradas de Portugal e com a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos para que a responsabilidade dos cuidados infra-estruturais da Ponte D. Amélia seja divida pelas três entidades.

“É impensável que uma câmara fique responsável por manter uma estrutura como a ponte D. Amélia”, afirmou ao nosso jornal o presidente da autarquia do Cartaxo.Paulo Caldas quer definir de quem é a responsabilidade da manutenção da estrutura e já manifestou a sua preocupação junto do secretário de Estado das obras públicas e do Instituto de Estradas de Portugal.O presidente da Junta de Valada, naquele concelho, Carlos Cláudio, lembra que os pilares da ponte quase centenária foram reforçados quando a estrutura foi reconvertida para trânsito rodoviário em Agosto de 2001. Na altura o pilar do lado do concelho do Cartaxo estava um pouco descalço e durante a intervenção foi efectuado um revestimento a pedra. O presidente da junta garante que os pilares não estão em risco, mas lembra que “há que prevenir” o desgaste das estruturas até porque existe uma exploração de inertes a três quilómetros da ponte.A circulação de veículos na antiga ponte ferroviária D. Amélia faz-se alternadamente, recorrendo a um sistema de semáforos, uma vez que a via é estreita. Na ponte só é permitida a circulação a veículos com menos de 20 toneladas de peso.O tabuleiro em grelha de aço dispõe de dois passadiços laterais, um para peões e outro para velocípedes. A estrutura metálica da antiga ponte ferroviária, construída para via única, foi aproveitada e adaptada ao trânsito rodoviário. A ponte D. Amélia deixou de ser utilizada como travessia ferroviária, há quase 20 anos, quando a CP construiu uma travessia alternativa em betão, a poucos metros da ponte renovada.No dia 15 de Janeiro de 1904 era inaugurada a linha ferroviária de Setil – Vendas Novas, que passou a ligar o Algarve ao centro e norte do país. D. Carlos I, acompanhado do Governo e do Conselho de Administração, partiu num comboio especial da estação de Lisboa-Rossio, inaugurando a circulação da nova travessia sobre o Tejo com o nome da última rainha de Portugal.O presidente da Câmara do Cartaxo adiantou também que a construção do viaduto sobre a estação de caminho de ferro de Santana é “uma obra possível” para o concelho em parceria com quatro entidades – Câmara do cartaxo, Refer, Instituto de estradas e Direcção Geral de Transportes Terrestres.A obra, que já tinha sido apresentada no anterior mandato, está orçada em quatro milhões de euros e poderá ser iniciada já em 2004.

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