A equipa de Infantis A da Sociedade Filarmónica Gualdim Pais, de Tomar, sagrou-se no sábado campeã distrital, após vencer o Hóquei Clube de Santarém num jogo realizado no pavilhão municipal da cidade escalabitana e que daria o título ao vencedor da partida.Apoiado pelo muito público que deu um óptimo colorido às bancadas do pavilhão, o Hóquei Clube de Santarém entrou melhor no jogo e colocou-se em vantagem aos três minutos, através de um lance rápido de contra-ataque finalizado por Ricardo Marona.No entanto, quatro minutos depois, a Gualdim Pais chegou ao empate por Ivo Silva, que desde cedo começou a mostrar todas as suas potencialidades. Aos 8m30 Filipe Almeida colocou a equipa nabantina na frente, mas passados apenas trinta segundos Vasco Nogueira restabeleceu o empate para os da casa.Aos dez minutos, o pequeno Luís Jorge, com um desvio ao segundo poste fez o 3-2, resultado ampliado na jogada seguinte por Filipe Almeida. Ivo Silva fechou a contagem nos primeiros quinze minutos, colocando a sua equipa a vencer ao intervalo por 5-2.No segundo tempo, o Hóquei Clube de Santarém foi nitidamente abaixo e os visitantes dominaram a seu belo prazer. Luís Jorge e Filipe Almeida, por uma vez, e Ivo Silva por duas, colocaram o marcador final em 2-9, uma vitória justa para a Gualdim Pais, embora por números algo exagerados se tivermos em atenção o que se passou durante a meia hora de jogo.Com esta vitória, a Sociedade Filarmónica Gualdim Pais sagrou-se campeã distrital, com 33 pontos, seguindo-se o Hóquei Clube de Santarém, com 27, Os Corujas, também com 27, a União do Entroncamento (19), Os Tigres (13), o Sporting Tomar (6) e o HCS I, com zero pontos.A equipa formada por Hélio Sousa, Luís Jorge, António Luz, Filipe Almeida, André Silva, Pedro Vitorino, Carlos Martins, Carlos Morais, Ivo Silva e Rafael Claro, vai agora disputar a Taça Nacional da categoria com duas equipas de Lisboa e o Estreito de Câmara de Lobos, da Madeira. Juvenisvice-campeões regionaisTambém no sábado, a equipa de Juvenis da Sociedade Filarmónica Gualdim Pais venceu a Académica de Coimbra por 2-1 e sagrou-se campeã regional da categoria, numa disputa com equipas dos distritos de Santarém, Leiria e Coimbra.Após alguns resultados menos bons durante o campeonato, a Gualdim Pais chegou a este último jogo do campeonato regional com a necessidade de vencer, pois só este resultado lhe permitiria ascender ao primeiro lugar. Também só a vitória servia à Académica pois outro resultado abria a porta a que o Bombarralense ascendesse à liderança, caso ganhasse ao Marinhense, conforme veio a acontecer. Estavam pois três clubes a disputar o título nesta última jornada.A Gualdim Pais entrou em campo tentando marcar cedo, mas perante uma equipa com uma postura defensiva bem organizada, o tempo foi passando e a ansiedade tomando conta da equipa, até que, já perto do final da primeira parte, a Académica conseguiu adiantar-se no marcador.Indo para o intervalo a perder por 1-0, a Gualdim regressou ao jogo com a vontade de rapidamente dar a volta ao marcador. Pressionando a Académica as oportunidades de golo foram surgindo, tendo conseguido empatar o desafio aos cinco minutos, com um golo de Pedro Almeida.Galvanizada pelo golo obtido e sentindo que era possível ganhar o desafio, a Gualdim Pais intensificou o ritmo de jogo na tentativa de alcançar a vitória, que lhe daria título, o que veio a acontecer aos quinze minutos desta segunda parte com um golo apontado por João Capitolino. Até ao final ainda houve várias oportunidades de golo para as duas equipas mas os jovens de Tomar souberam manter uma postura que lhes permitiu controlar o jogo até ao apito final, sagrando-se campeões regionais num bom jogo de hóquei em patins, que venceram com inteira justiça. A equipa treinada por Vítor Capitolino, que aqui obteve o seu primeiro título como treinador, a juntar aos muitos que teve como jogador, foi formada por João Simões, Pedro Almeida, Pedro Rivotti, Loic Ferreira, João Capitolino, Ricardo Rosa, Miguel Jerónimo, Pedro Ferreira, Ricardo Monteiro e Mico.A Gualdim Pais terminou com 22 pontos, seguindo-se a Académica com 20 e o Bombarralense, também com 20.Venceu quem esteve melhorNo final do jogo, os infantis da Gualdim Pais não cabiam em si de contentes. Ivo Silva, o capitão dos nabantinos e melhor marcador do jogo, com quatro golos, e um jogador com capacidade para ir bem longe na modalidade, referiu que a sua equipa venceu porque fez uma grande exibição. “Jogámos todos bem, jogámos em equipa e isso é que interessa. Iniciamo-nos todos quase ao mesmo tempo e é por isso que temos este espírito de equipa”, explicou, garantindo que todos os jogadores são amigos dentro e fora das quatro linhas.Tal como os colegas, Ivo quer continuar a jogar hóquei em patins e já pensa no futuro imediato. “Agora, se possível, queremos ser campeões nacionais”, concluiu.O treinador da Gualdim pais, Manuel Vitorino, não escondeu a emoção do primeiro título conquistado pela equipa, mas também não se esqueceu de realçar o comportamento do adversário. “Há que realçar também a postura do Santarém que ao longo da época fez um excelente campeonato e está a demonstrar que o hóquei de Santarém está a evoluir. Este ano era o ano deles também, mas fomos felizes porque vencemos os dois jogos”, referiu.Reconhecendo que a vitória traz sempre uma motivação acrescida, Vitorino lembrou que é “obrigação” dos treinadores e dirigentes incutir nos jovens “o que é o desporto e que não são só as vitórias que contam. É preciso respeitar os adversários e sermos uma equipa unida”.Francisco Mogas, treinador do Hóquei Clube de Santarém estava triste pela derrota, mas reconheceu que “a equipa do Gualdim Pais tem dois jogadores que são foras de série” – Ivo Silva e Filipe Almeida. “A nossa equipa não aguentou a pressão até porque não está habituada a isso. Durante a época marcámos 107 golos em dez jogos, o que não é bom em termos de competitividade”, explicou.“Esta equipa o ano passado nos Empregados do Comércio não ganhou nenhum jogo, levaram várias tareias acima de dez golos e este ano lutaram para o primeiro lugar, o que é óptimo. O segundo lugar é um belo prémio. Eles só têm de trabalhar mais, continuar a gostar do hóquei e que quando tiverem 16 ou 17 anos possam estar entretidos a jogar hóquei e serem amigos – essa é a nossa grande vitória”, concluiu.