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O ensino, a EN3 e o ambiente

Permitam-me comentar três notícias publicadas na edição de 6 de Fevereiro de O MIRANTE.A primeira, “Álcool, drogas e maus tratos” denuncia uma situação que não sendo nova é ainda mais grave: o consumo de álcool e de drogas por jovens em idade escolar. Esta realidade, que é um problema nacional, deve-nos fazer reflectir sobre o sistema de ensino que vigora hoje. Na verdade, enquanto não se pensar a escola como um espaço de aprendizagem integral ( pessoal, social, cultural ) dificilmente se consegue evitar esta realidade. Mas, para que a escola funcione assim é necessário pensar a escola não como um meio político, que uso consoante as minhas conveniências, mas como uma causa nacional. É necessário investir convenientemente em recursos humanos e materiais o que, afinal, não se tem feito. É necessário pensar a escola para lá do horário curricular, para lá da formação intelectual, e entendê-la com espaço de formação social e cultural criando espaços ( que vão desde as simples salas de estudo acompandado e bibliotecas às salas de expressão artística e profissional ) onde as crianças e os jovens possam desenvolver todas as suas capacidades e aprender a ser pessoas. Por outro lado, o papel das famílias é também muito importante. Aproximar as famílas da escola é fundamental, pois, a escola não substitui a família. Os pais devem ter um papel preponderante na definição das estratégias e nas actividades a desenvolver para poderem acompanhar melhor a evolução dos seus filhos. Mas a maioria nem sequer vai à escola e outros querem-se substituir ao professor.Tudo isto não está naquilo que se designa de vontade política mas na honestidade com que se abordam estes assuntos. Sinceramente tem havido muita falta de honestidade no que diz respeito à educação. Gasta-se tanto dinheiro com associações, institutos - e eu sei lá o que mais!, para combater estes problemas e investe-se tão pouco na escola. Agora até se inventou o papel do gestor escolar, o que se afigura mais como um tacho para atribuir a alguém, mas, sem dúvida, mais não é que uma forma de gastar mal o dinheiro dos contribuintes.Obras na EN 3Será desta que começam e acabam as obras nesta via tão importante para a nossa região? Já agora não se esqueçam da sinalização horizontal e vertical! do verdade, e eu desejo que sim, que se reveja a localização do estaleiro perto da rotunda da fábrica de cerveja Cintra que tem contribuído de forma determinante para a degradação do piso nesse local.Tratamento de esgotosAo ler a notícia “O Alviela é que paga” lembrei-me dos muitos alvielas só no concelho de Santarém. Em Alcanhões por exemplo também existe uma ETAR pronta a funcionar mas que não funciona porque não tem ainda luz eléctrica. Enquanto isso, continua-se a poluir os cursos de água. Como se não bastasse existe ainda uma suinicultura que, ainda que os técnicos possam dizer que trabalha com o mínimo de condições, além dos maus cheiros que liberta tem contaminado linhas de água importantes - mas isto ninguém parece querer ver. As fossas são a céu aberto e a pouco mais de trinta metros de distância existem furos de captação de água que abastecem as populações de Alcanhões e Vale de Figueira. Ao ver todas estas situações só apetece dizer como os ingleses “no coment”.João Mourão(Texto enviado através de correio electrónico)

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