A eventualidade de novas eleições na freguesia da Meia-Via, concelho de Torres Novas, está na mão da CDU. Neste momento, a assembleia de freguesia ainda tem quorum porque há um elemento de uma das listas independentes – Elvino Real – que desistiu de assinar a renúncia individual, ao contrário dos restantes membros. A desistência de Elvino Real faz com que a assembleia fique representada por cinco dos nove elementos que a compõem (três do PS, três da Lista Meia Via do Futuro, dois da Lista Pró Meia-Via e um da CDU) dando-lhe assim quorum. Apesar de quatro dos membros das duas listas independentes terem já entregue a sua renúncia individual ao presidente da assembleia, o recuo de Elvino Real faz com que a CDU, força política menos representativa, tenha agora um papel determinante no futuro da freguesia.Segundo José Augusto Paixão, cabeça de lista que pediu a suspensão do mandato por 11 meses, os membros da CDU “estão a pensar seriamente em renunciar individualmente aos cargos”. Se tal acontecer, a assembleia fica novamente sem quorum levando necessariamente à queda da junta e a eleições intercalares.Segundo o apurado por O MIRANTE, o presidente da assembleia de freguesia já tem em seu poder as renuncias individuais dos membros das listas independentes e está só a aguardar a decisão da CDU para as entregar ao governador civil, que marcará depois a data de novas eleições.Recorde-se que, como noticiamos em 20 de Fevereiro, os membros da assembleia de freguesia da Meia-Via (à excepção do tesoureiro da junta José Graça e dos três elementos do PS) apresentaram renúncia colectiva dos cargos, tendo o cabeça de lista da CDU optado pela suspensão do mandato.O governador civil não aceitou então a renuncia uma vez que, nos termos legais, ela teria de ser feita de forma individual.