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Repensar o ensino agrário

Escola Superior de Santarém debate futuro

A Escola Superior Agrária de Santarém (ESAS) iniciou quarta-feira um processo de reflexão sobre o futuro do ensino agrário, que deverá culminar com a reestruturação dos cursos ministrados naquela escola centenária. As jornadas “Repensar o Ensino Agrário, Agarrar o Futuro...”, que se prolongam até 16 de Outubro, visam trazer à ESAS personalidades que, pela sua experiência e intervenção na sociedade e ou empresas, possam deixar indicações do tipo e perfil do técnico que o mercado de trabalho, das diferentes fileiras produtivas, precisa.

As jornadas foram organizadas em sete debates sectoriais, um dia aberto à comunidade (14 de Maio) e um congresso final (15 e 16 de Outubro), para o qual foram convidados antigos ministros da Educação e da Agricultura.Luís Almeida, da comissão organizadora das jornadas, disse à Agência Lusa que a iniciativa faz parte de um conjunto de acções que a ESAS tem vindo a desenvolver no sentido de harmonizar os seus cursos às exigências decorrentes do Processo de Bolonha, mas também para os adequar ao mercado de trabalho e encontrar respostas para o decréscimo de alunos que tem atingido todo o ensino superior.A própria ESAS teve este ano lectivo cursos que não preencheram todas as vagas e o facto de actualmente existirem 14 escolas a ministrarem cursos desta área “não pode ser escamoteado”, disse.Contudo, afirmou, a realidade é que a formação dos agentes ligados ao sector é ainda muito baixa e “não há evolução sem a aplicação de tecnologias”, pelo que esta é uma área em que terá de se continuar a apostar.Por outro lado, os alunos formados na ESAS “não têm tido dificuldade de colocação no mercado de trabalho”, como prova uma tese de mestrado realizada há dois anos por um dos docentes da escola, documento incluído nas “cábulas” para reflexão prévia às jornadas.Segundo Luís Almeida, o objectivo dos debates sectoriais é trazer à ESAS agentes ligados à produção, entre os quais antigos alunos, para dizerem quais as qualificações precisas no mercado de trabalho e pô-los a dialogar com os docentes da escola.Por outro lado, o dia aberto pretende “dar a conhecer à comunidade as potencialidades da ESAS, empenhá-la no seu desenvolvimento e co-responsabilizá-la na sua afirmação” e visa também trazer à escola alunos das escolas secundárias para que tomem contacto com os cursos ali ministrados.A Escola Superior Agrária de Santarém descende da Escola Prática Elementar de Agricultura e Frutuária de Santarém, fundada em 1888, transformada em 1931 em Escola de Regentes Agrícolas de Santarém.Com três propriedades - as Quintas do Galinheiro, com 18 hectares, do Bonito, com 120 hectares, e do Quinto, com 80 hectares -, a ESAS tem a funcionar quatro licenciaturas bietápicas - Engenharia Agrária, ramo Produção Hortofrutícola, Engenharia Agro-Alimentar, ramo Qualidade Alimentar, Engenharia de Gestão e Ordenamento, ramo Tecnologias de Informação em Ordenamento Rural, e Engenharia de Produção Animal - e um bacharelato em Equinicultura.Lusa

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