O escultor José Coêlho, residente em Riachos, Torres Novas, foi distinguido com o prémio “Dr. Gustavo Cordeiro Ramos 2003”, atribuído pela Academia Nacional de Belas Artes, pela peça “Homenagem e memória” trabalhada a partir de cobre, inox e acrílico.A escultura tem 80 centímetros de altura por 40 centímetros de largura e homenageia o escultor Martins Correia e os pintores Sá Nogueira e Fernando Azevedo, cuja vida e obra o influenciaram. José Coêlho dedica o galardão obtido por esta peça ao seu pai e ao escultor José Dias Coelho, que morreu às mãos da PIDE.“Homenagem e Memória” obteve o prémio após o parecer unânime de um júri constituído por Augusto Pereira Brandão (presidente da Academia Nacional de Belas Artes), António Valdemar (vice-presidente da Academia), escultor Joaquim Correia e João Loureiro Figueiredo (membros da Academia).É criador de várias obras de espaço público. São da sua autoria o monumento de homenagem ao operário siderúrgico, no Seixal, uma escultura de homenagem ao povo de Pintainhos, em Torres Novas, e outra à população de Arripiado, na Chamusca.O escultor também ilustrou, com duzentas aguadas, uma edição de “Os Lusíadas”, lançou um livro de escultura e poesia intitulado “O Sonho do Guerreiro” e a brochura “Retratos para uma Ilustração Camoniana”, com um texto sobre Camões e fotos de esculturas suas.A vida e obra camonianas inspiraram peças escultóricas que estiveram na Casa do Brasil de Santarém, entre Junho e Julho, na mostra intitulada “Canto e Memória”. De Setembro a Dezembro de 2002 expôs “Lusitanidades” no Convento de Cristo, em Tomar.Algumas das esculturas desta exibição juntam-se na exposição “Tão pouco vaso para tanto mar”, que estará de 26 de Junho a 30 de Agosto na Galeria Municipal do Montijo.Para Outubro de 2004 o escultor prepara uma exposição em Paris, que integrará peças da série “Instrumentos Musicais”, algumas inspiradas na obra de Fernando Pessoa.