Filomena Custódio é uma pintora de Santarém que mora num quinto andar por perto da Igreja de Jesus Cristo no centro da cidade. Este último pormenor não parece importante mas é. A pintora troca o espaço do seu atelier pela janela de sua casa com vista para a igreja, e para os telhados, para ficar a pintar de noite e de dia.A Igreja inspira-me, dá-me forças, diz a pintora junto à janela logo no inicio da conversa com o jornalista de O MIRANTE, com o último trabalho sobre o cavalete, ainda em esboço, as cores claras da primavera que mais tarde iremos ver noutros trabalhos. Filomena Custódio já tem vida longa e começou a pintar em 1972 por influência de uma sua tia, Júlia Raimundo Ressurreição. Sempre quis ser bailarina mas a vida obrigou-a a escolher outros dançares. Poeta, sem obra publicada, é na pintura que liberta a sua alma criadora e mostra ao mundo as formas que inventa para ser feliz e ajudar os outros a encontrarem a sua felicidade.Com exposição marcada para o Cartaxo, a inaugurar dia 12 de Abril, Filomena Custódio trabalhou nestes últimos anos cerca de três dezenas de quadros. O projecto chama-se O Ciclo da Terra e tem como grande tema a guerra e a paz. A pintora escolheu como sub temas a Primavera, a Protecção e a Música para exprimir sentimentos e valores. Nas imagens que criou Filomena Custódio pretende fazer passar a mensagem que contrarie o rumo natural das coisas que é o caminho para o apocalipse. Dedicada a Raquel Amorim esta exposição será ainda pretexto para a pintora chamar outros amigos, como é o caso de Pedro Canavarro, a quem a exposição também é dedicada, e que vai esta presente na inauguração para ler um poema.Filomena Custódio gosta de pintar paisagens e corpos nus. Os quadros da sua próxima exposição serão uma surpresa para quem ainda não conhece a obra da pintora.