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A circulação de pessoas no centro comercial diminuiu drasticamente no último ano

Negócio à porta fechada

Lojistas do CNEMA queixam-se de falta de apoio por parte da administração

O negócio está mau para os lojistas com porta aberta na galeria comercial do Centro Nacional de Exposições (CNEMA). A situação nunca foi famosa, mas agravou-se há cerca de um ano, quando a administração do parque de exposições decidiu encerrar uma porta que dava acesso do recinto de feiras ao centro comercial.

Os milhares de visitantes das feiras do CNEMA deixaram de poder abandonar o recinto através do centro comercial e a diminuição de circulação de pessoas nessa zona ter-se-á reflectido no volume de negócios. “Isto está sempre às moscas. São muito poucas as pessoas que aqui entram”, queixa-se Maria José Patrício.O que os três comerciantes pedem não tem nada de transcendente. “Só queremos que abram novamente as portas e que haja circulação de pessoas por esta zona”, acrescenta ao nosso jornal a mesma comerciante, acompanhada pelos vizinhos lojistas Lurdes Nunes e Simão Monsanto. E até se prontificam para comparticipar o pagamento ao vigilante que será necessário colocar nesse acesso.As rendas não são elevadas, mas mesmo assim, devido às dificuldades existentes os comerciantes já pensam em abandonar o local, como fizeram alguns dos seus antecessores. “Se formos embora sempre são cerca de mil contos que o CNEMA deixa de receber por ano”, observam.A aposta do CNEMA na galeria comercial, que poderia traduzir-se numa fonte de receitas para o complexo, nunca funcionou a cem por cento. Actualmente, há quatro lojas ocupadas - de artesanato, acessórios de moda feminina, artigos em pele e artigos para animais – que habitualmente só abrem na altura de feiras. Porque se nessa altura a clientela já não abunda, fora da época de exposições ninguém por ali passa e não se justifica ter a porta aberta.A esperança dos comerciantes reside agora na anunciada mudança de administração do CNEMA, precipitada pela demissão de cinco dos sete elementos do actual conselho de administração. “Apelamos ao bom senso das pessoas que entrarem, para que olhem pelos lojistas e nos apoiem resolvendo este problema”, diz Maria José Patrício.AS EXPLICAÇÕES DO CNEMAMoncada Cordeiro explicou ao nosso jornal que a principal razão para fechar o acesso ao parque de exposições através da galeria comercial se prende com o facto de considerarem que a entrada de pessoas no CNEMA se deve fazer pela porta principal.Aquele dirigente do CNEMA lembra que a porta em causa nem sequer existia, tendo sido aberta por razões de serviço. “Se temos uma entrada principal, por que razão as pessoas hão-de entrar pela porta lateral”, questiona Moncada Cordeiro, lembrando que a abertura desse acesso obrigaria à colocação no local de duas pessoas, o que representaria uma despesa acrescida. “E uma comparticipação não é pagar a totalidade”, responde quando lhe lembramos a disponibilidade dos lojistas em comparticipar esses custos.
A circulação de pessoas no centro comercial diminuiu drasticamente no último ano

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