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O povo é quem mais ordena?

Tal como na vida ,a democracia é uma escolha, primeiro do povo, que elege os seus representantes, e posteriormente destes que elaboram a sua estratégia (Política) e depois são novamente julgados pelo povo.Ora se para o cidadão comum o desconhecimento da Lei (e do Sistema) não são atenuantes em nenhuma situação, para os seus representantes o mesmo se deve manter até porque, e como diz o povo, quem não quer ser lobo não lhe veste a pele. Ou seja cidadãos melhores ou piores todos temos que ser, representantes são só os que querem e o povo deixa.Assim, para o comum cidadão que paga impostos e ainda se digna (pelo menos tentar) eleger os melhores representantes é legítimo que pretenda transparência entre ciclos eleitorais.Se uma equipa de eleitos promete xis é esse xis que o povo quer ver realizado. E se por via do tempo de mandato a “equipa de eleitos” não conseguir acabar o prometido, é lógico que os sucessores, antes de avançarem com os seus planos, ponham um ponto final no que já estava prometido com verbas definidas mas que não pôde ser realizado.Não parece muito transparente que estradas, recintos desportivos e outras obras “sejam embargadas” porque embora com verbas aprovadas são do anterior mandato e porque dá mais jeito aos sucessores começar e acabar outras estradas outros recintos desportivos e outras obras cujas verbas foram obviamente aprovadas depois das primeiras.Como dizia o cantor Zeca Afonso o povo é quem mais ordena , o problema é que se calhar ordena pouco e há “umas equipas de eleitos” que se calhar com certas atitudes demonstram que são eleitas só para alguns membros do povo.É natural que os novos eleitos discordem de algumas situações do passado. É uma das regras deste jogo. Mas também deveria ser uma regra cumprir os compromissos assumidos, pois não podem em tempo algum alegar desconhecimento... Luís Frazão – Póvoa da Isenta(Texto enviado através de correio electrónico)

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