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Alívio no Cartaxo e protestos no Entroncamento

Recurso ao crédito bancário por parte das câmaras municipais

A Câmara do Cartaxo, afinal, não faz parte da listas das autarquias que não vão poder contrair este ano empréstimos bancários. Paulo Caldas apresentou na última reunião de câmara um ofício proveniente da Direcção Geral das Autarquias Locais, datado de 2 de Abril, onde se refere que o município tem a possibilidade de, durante este ano, recorrer à banca até ao montante de 476.272 euros, cerca de cem mil contos.

O presidente da autarquia do Cartaxo, que em declarações ao nosso jornal (edição de 3 de Abril) dizia não estar surpreendido por pertencer à lista negra do governo e de ter, inclusive, acautelado anteriormente essa situação, diz agora que irá recorrer à disponibilidade financeira que lhe é dada para fazer face ao grande volume de investimento previsto para este ano, na ordem dos nove milhões de euros.Menos sorte teve a Câmara do Entroncamento, que não recebeu nenhuma carta da Direcção Geral das Autarquias Locais. Pelo menos até à reunião de segunda-feira passada, onde o executivo aprovou uma moção relativamente a este assunto, no qual se sente prejudicada em relação a outras autarquias.Os autarcas do Entroncamento referem que o endividamento recente teve por objectivo cumprir compromissos anteriormente assumidos, nomeadamente o pagamento de dívidas, no valor de três milhões de euros, a fornecedores, contraídas até Dezembro de 2001 e herdadas dos executivos anteriores.“Esta câmara não aceita ser penalizada por, dentro dos princípios da boa fé, pagar a quem devia”, refere a moção, referindo-se ainda à redução em 50 por cento da capacidade de endividamento dos municípios.O presidente da autarquia diz que, apesar de compreender a atitude do governo, não a pode aceitar enquanto autarca, adiantando “custar-lhe” o facto de não ter havido mais rigor nesta questão.Em declarações ao nosso jornal ,Jaime Ramos refere também que, em termos de projectos e investimentos “nenhum está em risco nem nenhum está garantido”. Tudo parece dependente da interpretação que o Tribunal de Contas der ao empréstimo de cinco milhões de euros que a autarquia contraiu para co-financiar projectos comunitários.Se o Tribunal de Contas não der o visto a esse empréstimo Jaime Ramos admite poder vir a ter alguns problemas e não põe de lado a hipótese de alienar algum património para fazer face aos investimentos previstos.

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