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Paulo Fonseca, (à direita) saiu do congresso acompanhado por António José Seguro

Paulo Fonseca não admite boicotes nem amuos

Congresso Distrital do PS escolhe lista apoiada pelo novo presidente

A lista apoiada por Paulo Fonseca para a comissão política da Federação Distrital do PS foi a grande vencedora do congresso do partido que decorreu no fim de semana em Torres Novas. Encabeçada por Pedro Ribeiro, vereador da Câmara de Almeirim, a lista obteve 68 por cento dos votos dos 200 delegados do congresso, elegendo 37 membros para a comissão política.

Subordinada à moção “Romper com o sistema, para unir as pessoas”, a lista incluía ainda nomes como os presidentes das câmaras de Alpiarça e de Torres Novas, respectivamente Joaquim Rosa do Céu e António Rodrigues, e ainda a delegada do INATEL, Fernanda Asseiceira. A outra lista concorrente: “Renovar o PS. Ganhar o Ribatejo”, era liderada por Rui Barreiro (presidente da Câmara de Santarém), tendo conseguido eleger 18 membros para a comissão política distrital. Esta incluía também os presidentes das autarquias de Almeirim, Rio Maior e Cartaxo, respectivamente Sousa Gomes, Silvino Sequeira e Paulo Caldas.No discurso de encerramento do congresso, no domingo de manhã, Paulo Fonseca, que já tinha sido eleito presidente da federação por sufrágio universal, pediu aos militantes para se unirem. O novo líder socialista apelou também a um esforço conjunto para relançar o partido na região. “O PS tem que aprender com os seus erros e, neste tempo de pousio, tem que se preparar e escolher os melhores” para conquistar novas vitórias, como as próximas eleições para o Parlamento Europeu. Realçando que quer uma federação com voz activa no interior do partido, Paulo Fonseca salientou que os socialistas de Santarém têm que se bater em Lisboa para ganhar mais poder. “Nas últimas eleições europeias o representante do distrito de Santarém era o 18º da lista. Isto é inaceitável. O distrito merece melhor que este lugar”, exclamou o novo presidente da distrital pelo meio de uma salva de palmas. Sublinhou que nesta perspectiva pretende uma federação dinâmica e empenhada “nas causas públicas”. “Vamos ter um quadro que vai responder aos anseios da população”, destacou, realçando que quer “mais ambição” e um trabalho com as concelhias de “forma estreita”. “Não admito grãos na engrenagem”, reforçou. Referindo-se às últimas eleições autárquicas, altura em que a federação era gerida por Carlos Cunha, o presidente garantiu que não vai passar por cima das escolhas das organizações concelhias do partido, como aconteceu nessa altura. Recorde-se que alguns candidatos às câmaras foram escolhidos por Carlos Cunha, contrariando a vontade das estruturas locais. A situação acabou por originar rupturas com militantes e candidatos. Paulo Fonseca avisou ainda que não vai aceitar conviver com pessoas que não sabem trabalhar em colectivo. E destacou que não admite amuos, a bem do distrito e do partido. “Ser socialista é ter convicções e paixões pelas causas públicas”, reforçou. Antes do discurso do presidente tinha falado António José Seguro, em representação da comissão política nacional do partido. Este realçou as qualidades de Paulo Fonseca, dizendo que o conhecia há muitos anos, quando trabalhavam em conjunto na Juventude Socialista. E destacou que ele “é um homem que não desiste, é determinado e é um homem de convicções e que olha alto”.
Paulo Fonseca, (à direita) saiu do congresso acompanhado por António José Seguro

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