Quem é o primeiro a avançar?
Quando as coisas correm mal, toda a gente fala. Nas ruas, nos cafés, nos cabeleireiros. Factos e boatos circulam a uma velocidade impressionante e ninguém quer ficar de fora. Seja para discutir assuntos da vida pública ou da vida privada, quase toda a gente é perita em dar palpites por tudo e por nada.Para acabar com as dúvidas e os rumores, o presidente da Câmara Municipal de Chaves, onde actualmente resido, decidiu realizar, de dois em dois meses, um debate a que chamou “Dar voz ao munícipe”. A iniciativa é divulgada com antecedência e todos aqueles que quiserem questionar o autarca, ou apenas assistir ao encontro, podem fazê-lo no auditório municipal ou interactivamente, através da internet, que divulga tudo em tempo real. Então, o presidente da Câmara responde na hora a todas as perguntas, sem “rede”. Ou seja, submete-se aos cidadãos sem qualquer conhecimento prévio do que lhe vão dizer. Quanto aos vereadores da oposição, podem assistir, mas não fazer intervenções, porque têm lugar próprio para o fazer.Dadas as notícias sobre a situação financeira da Câmara de Santarém, entre outras situações menos claras que conviria esclarecer, gostava de ver esta iniciativa flaviense transportada para todo o distrito (e não só). O poder local poderia informar melhor os cidadãos sobre a sua actividade, retirando-a dos gabinetes, e estes participariam mais activamente nas questões públicas que os rodeiam.Quem é o primeiro autarca ribatejano a ter coragem para avançar? Rita Susana Martins – Chaves(Texto enviado através de correio electrónico)
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